British Airways (BA) e KLM iniciarao ``negociaçoes sobre uma eventual combinaçao das suas atividades', apesar de destacarem que ``nao existe nenhuma garantia de que (as negociaçoes) possam terminar em uma transaçao'.
A operaçao seria de fato uma compra da KLM pela BA, três vezes maior e disposta - segundo o Wall Street Journal Europe - a pagar ``muito mais' do que 1,3 bilhao de euros (cerca de US$ 1,2 bilhao), a capitalizaçao da KLM. A BA/KLM, com mais de 500 avioes, seria a maior companhia de aviaçao européia e terceira maior do mundo, com um valor de mercado de cerca de oito bilhoes de euros (US$ 7,2 bilhoes), atrás apenas das americanas United Airlines e American Airlines.
Tanto do lado europeu quanto do americano, há perspectivas positivas, já que a BA esta ligada à American Airlines e a KLM à Northwest Airlines.
``É uma aliança evidente', pensa Mike Powell, analista de Dresdner Kleinwort Benson. ``Sao duas companhias bem administradas, mais próximas culturalmente do que outras companhias européias', acrescentou.
A BA e a KLM haviam começado a negociar em 1992, sem êxito. O rompimento da KLM com a Alitalia, em abril, fez ressurgir a hipótese da fusao com a BA.
``O jogo mudou no início dos anos 90', observa Chris Partridge, analista do Deutsche Bank. ``Na época, ainda tínhamos a ajuda do Estado', explica o especialista. ``A mudança foi o acordo Swissair-Sabena, quando continuava a reorganizaçao do setor nos Estados Unidos. As companhias européias devem continuar com esse exemplo', pensa Partridge.
A compra, em abril, da belga Sabena pela Swissair, confirmada em um referendo na Suíça, abriu o terreno regulamentar sobre a questao chave da propriedade dos direitos de vôo, uma verdadeira barreira contra alianças que ultrapassem a fronteira dos países.
Sabena, que será controlada em 85% pela Swissair, viu garantida a propriedade dos seus direitos na Uniao Européia, independentemente da nacionalidade dos seus acionistas. ``Isso prova que a questao foi examinada seriamente' pelos reguladores, que deram ``luz verde', pensa Chris Partridge. ``Dentro de cinco anos, haverá quatro grandes companhias na Europa, pertencentes às principais alianças internacionais', acrescenta.
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