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Senado bloqueia moção de censura contra ministro nos EUA
Da AFP
11/06/2007 | 21:18
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Os republicanos bloquearam nesta segunda-feira no Senado uma “moção de censura” promovida pela oposição democrata contra o procurador-geral dos Estados Unidos, Alberto Gonzáles. A medida é extremamente rara e, se fosse aprovada, anunciaria que a Casa e a população americana não têm mais confiança em Gonzales. O secretário está envolvido numa série de escândalos, mas é defendido pelo presidente George W. Bush.

Votaram a favor da medida 53 senadores, sete a menos do que o necessário para que a moção seguisse seu curso e fosse apreciada na Câmara. Sete senadores republicanos votaram com o Partido Democrata.

Acusação - O secretário tem sido submetido a uma série de pedidos para sua saída após afastar no final de 2006 oito procuradores federais. Uma pesquisa feita por parlamentares revela que, embora tivessem sido feitas de maneira legal, estas demissões mostram influência da Casa Branca na gestão do ministério.

Nesta segunda, Bush defendeu novamente seu ministro reafirmando que não tem nada a reclamar de Gonzalez. Ele considerou a moção uma manobra política dos democratas. Alberto Gonzales já afirmou que sua permanência no cargo depende da vontade do presidente.

Monica Goodling, antiga colaboradora de Gonzales, reconheceu ter retardado a contratação de juristas de carreira por não parecerem suficientemente conservadores. Outro ex-colaborador do ministério, James Comey, revelou aos senadores que Gonzalez, então responsável pelos serviços jurídicos da Casa Branca, pediu ao ministro da Justiça da época, John Ashcroft, que apoiasse as escutas sem mandato judicial.

As escutas, instauradas por Bush depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, diziam respeito a comunicações entre os Estados Unidos e outros países. Estas medidas foram consideradas as primeiras ações antiterroristas envolvendo diretamente cidadãos americanos.




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