Economia Titulo Menos cortes
Para evitar desemprego, Fiesp e Força se reúnem

O objetivo do encontro foi criar um acordo para que não haja uma onda de cortes de vagas nas empresas

Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
10/01/2009 | 07:00
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Preocupados com o aumento do desemprego, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, entre outros dirigentes, reuniram-se nessa sexta-feira para discutir alternativas para evitar mais desemprego. A reunião foi motivada pela volta ao trabalho, na próxima segunda-feira, de funcionários que estão em férias coletivas. Em algumas regiões, como o Grande ABC, as demissões já começaram.

Segundo Paulinho, o objetivo é criar um acordo para que não haja uma onda de cortes de vagas. "A impressão que tenho é que teremos uma enxurrada de demissões", afirma. Ele acredita que as dispensas possam até superar sua previsão inicial, de três milhões de desempregados.

Na próxima terça-feira, às 15h, trabalhadores e empresários voltarão a se reunir na Fiesp para discutir os termos de uma proposta que os sindicatos estariam dispostos a aceitar. Entre as alternativas estão férias coletivas, licença remunerada, banco de horas, redução de jornada de trabalho e de salários e suspensão temporária do contrato de trabalho.

Paulinho alertou, no entanto, que a formalização de acordos nesse sentido terá de ser feita empresa por empresa, com a concordância de cada sindicato. "Vamos trabalhar dentro do que a lei permite, no sentido de evitar demissões", declarou.

Skaf disse que a queda da demanda, em função da crise financeira internacional, já atinge vários setores e empresas, mas ressaltou que os empresários também estão em busca de alternativas. Ele também se manifestou contra alterações na suspensão de contratos de trabalho.

EMPREGO - Em outubro, o indicador da Fiesp que mede o emprego nas indústrias do Estado de São Paulo apurou que houve dez mil demissões; em novembro, foram mais 34 mil. A projeção, segundo ele, é que o mês de dezembro, cujos números ainda não foram divulgados, siga a mesma tendência.

Para Paulinho, "mesmo com o acordo, não vamos conseguir salvar todos", admitiu.

Na opinião de Antônio Sousa Ramalho, presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo) - que também participou da reunião - é muito difícil barrar as demissões. "Longe da gente achar que não haverá demissão. Mas temos que dar subsídios aos empresários para que não demitam". Segundo Ramalho, o maior problema em seu setor em 2008 foi o achatamento de salários". O Sintracom registrou um crescimento de 13,5% de homologações em 2008, ante o ano anterior.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, muitas empresas, desde o ano passado, têm procurado o sindicato para negociar . "Há alternativas, basta conversar", finaliza o dirigente. (com Agências)




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