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Coquetel de quatro drogas para HIV não é mais eficaz do que o de três
Da AFP
14/08/2006 | 14:34
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A combinação de quatro medicamentos anti-retrovirais não é uma nova arma revolucionária contra o vírus HIV, causador da Aids, revelou um estudo divulgado domingo durante a Conferência Internacional sobre Aids, que se celebra em Toronto, no Canadá.

Nos últimos 15 anos, os pesquisadores descobriram primeiro que a ingestão de dois medicamentos contra o HIV era mais eficaz que a de apenas um, logo aprenderam que a triterapia (coquetel de três medicamentos) era melhor que a biterapia.

As terapias combinadas inibem a proliferação do vírus e dão fôlego às defesas imunológicas. Como conseqüência, o estado geral do paciente melhora.

Embora não leve à cura, o desempenho alimentava a esperança de que uma tetraterapia poderia ser ainda mais eficaz: ao agir mais rápido, a associação de quatro medicamentos poderia reduzir o período de tempo que permite ao vírus sofrer mutação e resistir ao tratamento.

Mas o estudo apresentado em Toronto representou um banho de água fria nas expectativas, ao não demonstrar a eficácia de uma tetraterapia com relação à triterapia.

Roy Gulick, do Weill Medical College da Universidade Cornell de Nova York, que fez o estudo, analisou 765 doentes que tiveram o HIV diagnosticado recentemente e que não haviam recebido tratamento prévio.

A metade destes doentes recebeu um coquetel clássico (AZT, epivir e efavirenz) e a outra, uma tetraterapia, ou seja, estes três medicamentos aos quais se somou o abacavir, comercializado com o nome de Ziagen.

Durante os três anos de análise, a triterapia fracassou no caso de 26% dos doentes, o que significa que precisaram mudar de tratamento para combater a doença. A tetraterapia fracassou em 25% dos doentes.

"Não encontramos diferenças significativas", concluiu o cientista.



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