O estudo do Lloyds observa que, como já havia ocorrido com praticamente todos os países que tentaram ampliar a banda cambial, está havendo um "expressivo overshooting" na desvalorizaçao. "As perspectivas de parte do mercado eram de que o BC atuaria vendendo dólares para conter esse processo, mas como isso nao ocorreu, gerou-se uma pressao maior sobre as cotaçoes", explica. O risco embutido nessa evoluçao, porém, segundo o banco, está atrelado aos prováveis impactos inflacionários, que acabariam limitando a possibilidade de "volta" da cotaçao do real. Para isso, dizem os analistas do Lloyds, o governo terá que manter a política monetária austera no curto prazo. Além disso, lembra, a demanda por dólares no primeiro semestre deste ano deve ser elevada (US$ 8,6 bilhoes de vencimento de eurobônus ante os US$ 6,6 bi do segundo semestre e os US$ 3,7 bi do primeiro semestre de 98).
Para o Lloyds, a partir de fevereiro, poderao ser observados alguns impactos da desvalorizaçao sobre os preços, principalmente no setor atacadista, que tende a responder de forma mais rápida e acentuada às mudanças do câmbio.
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