Economia Titulo Morte
Mercado de crematórios é nicho crescente nas sete cidades

Ossel investe R$ 1 mi em cerimonial; procura no Jardim da Colina quase triplicou em 4 anos

Flavia Kurotori
especial para o Diário
22/11/2018 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


Tendência em países como Estados Unidos, Espanha e Itália, onde até 60% dos falecidos são cremados, a técnica funerária é crescente no Grande ABC. Exemplo é a Ossel, que investiu R$ 1 milhão em cerimonial de cremação, em São Caetano, cuja inauguração é hoje. Ao mesmo tempo, no Jardim da Colina, em São Bernardo, primeiro estabelecimento a oferecer a modalidade na região, o número mensal de procedimentos quase triplicou desde a inauguração, em 2014, passando de 30 para 80.

“A cremação vem aumentando muito, principalmente entre os mais jovens, pois esse público vai, cada vez menos, visitar sepulturas de entes queridos”, explicou Eduardo Barros, diretor comercial da Ossel. “Hoje, no País, 12% dos corpos são cremados, mas, há dez anos, eram apenas 3% e esse crescimento é muito significativo”, disse. “Em dois ou três anos, podemos chegar a 25%.”

Na avaliação de Barros, outro fator que justifica a ascensão do método é a falta de espaço para abertura de novos cemitérios. Na região, por exemplo, não há terrenos disponíveis para construção de necrópole “do zero”. “Atualmente, os municípios não aceitam sepultar falecidos de outras cidades justamente para evitar a superlotação.”

Para Durval Tobias, gerente de negócios do Jardim da Colina, a região possuía demanda reprimida por crematórios e, por esse motivo, a procura superou as expectativas. No local, onde há um forno, é possível realizar uma cremação a cada duas horas, em média. “O nosso espaço permite instalação de outro forno, caso o fizéssemos, com certeza teríamos demanda”, afirmou, sem revelar projeção de quando a implementação será feita.

INAUGURAÇÃO
O Ossel Memorial tem capacidade para 12 cerimoniais por dia – 360 por mês. Contudo, por enquanto, a estimativa é de 60 solenidades mensais. Ainda que varie conforme serviços contratados, o valor médio é de R$ 6.000.

Segundo Barros, o espaço tem como objetivo o “acolhimento humanizado dos amigos e familiares” dos falecidos. “Utilizamos técnicas de hotelaria, como a cromoterapia, para acalmar as pessoas que participam da cerimonia.”

Importante destacar que o corpo não é cremado no local. O procedimento é realizado em Santos, no Litoral paulista e as cinzas são devolvidas à família até três dias após o falecimento. A ação, porém, é temporária, dado que a Ossel está construindo crematório com dois fornos, em São Bernardo. A inauguração está prevista para fevereiro e o aporte é de R$ 1,5 milhão.
 




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