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Estado pediu para Anvisa uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da Coronavac

Lote liberado ontem era válido apenas para as primeiras 6 milhões de doses; cidades do Interior receberam hoje o imunizante para serem aplicados em profissionais de saúde

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
18/01/2021 | 12:46
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O governo do Estado de São Paulo solicitou hoje para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uso emergencial de segundo lote da Coronavac, estimado em 4,8 milhões de vacinas. A informação acaba de ser dada em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A autorização que a agência concedeu ontem era válida apenas para o primeiro lote, de 6 milhões de doses, todos já distribuídos ao Ministério da Saúde. "Estamos seguros de que a analise será feita pela Anvisa com o mesmo critério, cuidado e agilidade com que ontem liberaram 6 milhões de doses", disse o governador João Doria (PSDB).

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o procedimento segue o que pediu a agência. "Eles solicitaram que primeiro terminasse o processo do lote de 6 milhões e que, na sequência, colocássemos o pedido do segundo lote, até porque a documentação é muito similar. Já temos 4,8 milhões de doses prontas e uma vez aprovada a produção no Butantan, não haverá necessidade de todo lote ser avalizado. Esperamos que a decisão da Anvisa seja feita no mais curto espaço de tempo, já que os documentos são bem parecidos", analisa Covas. Segundo ele, a capacidade de produção do instituto é de um milhão de doses por dia.

O Estado também iniciou hoje a vacinação de profissionais da saúde no Interior, nos Hospitais das Clínicas de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Marília, além do Hospital de Base de São José do Rio Preto. "As doses já foram encaminhadas em caminhões refrigerados e iniciamos a distribuição", disse Doria. O governo lançou o site www.vacinaja.sp.gov.br para agilizar a campanha de vacinação. Nele, todas as pessoas aptas a receber a vacina podem fazer o pré-cadastro. Não se trata de agendamento, mas garantirá atendimento mais rápido e evitará aglomerações.

Dados do Estado apontam que, em relação a última semana do ano passado houve um aumento de 77% no número de casos, 59% óbitos e 29% no número de internações. São Paulo superou a taxa de 70,1% de lotação nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). São 6.004 pessoas ocupando esses leitos. O Estado deve bater nesta segunda-feira a marca de 50 mil mortes. Há 1.628.272 casos confirmados da doença em São Paulo.
 




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