Apesar de desconforto, permanência na base de Morando estaria garantida internamente
Em cenário de desconforto, os dois vereadores do Solidariedade de São Bernardo, Fran Silva e Ivan Silva, aguardam conversa com a executiva estadual da sigla para definir o futuro do partido após a migração do vice-prefeito Marcelo Lima para o PSD. A saída se deu em meio ao suporte do SD ao projeto do atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), em detrimento da candidatura do ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB), que receberá adesão da cúpula do governo Orlando Morando (PSDB). Apesar da indefinição, a permanência na base de sustentação de Morando e o alinhamento a uma possível candidatura do vice-prefeito a deputado estariam assegurados.
Fran avaliou que o diretório municipal do Solidariedade deveria ter sido consultado pelo comando estadual da sigla sobre o suporte a Márcio França. “A executiva estadual não nos procurou e o Marcelo ficou sabendo do ato por um convite e também não tinha sido avisado. Estamos em uma cidade com quase 1 milhão de habitantes e o partido tinha o vice-prefeito e dois vereadores, deveríamos ter sido consultados.”
A estadual é ocupada por David Martins, que pode ser candidato a deputado neste ano. Na ocasião em que anunciou sua saída do SD para o PSD, que caminhará ao lado de Doria, Marcelo Lima afirmou que a decisão do partido de apoiar França foi decisiva para a mudança.
O Solidariedade faz parte de um grupo de outros 11 partidos que já ofereceram apoio ao projeto de França. São eles PR, PPS, PV, PHS, PSC, Pros, Avante, Podemos, PPL, PRP e PMB. A direção local foi assumida interinamente por Ivan Silva. Segundo Ivan, a decisão de fazer parte de uma coligação com o atual governador não foi debatida. “Não fomos comunicados e acabamos sendo informados pelos jornais. Continuamos na base e com apoio ao governo. Só estamos aguardando a estadual para conversar, pois é situação estranha.”
Tanto Fran quanto Ivan integram o grupo político de Marcelo Lima – já foram assessores do pessedista quando ele era vereador – e garantem que irão apoiá-lo caso seja candidato a deputado federal. A continuidade de ambos na legenda está condicionada ainda pelo receio de terem suas cadeiras requisitadas na Justiça pelos suplentes do partido.
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