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Argentina garante tratamento uniforme a todos os credores
Da AFP
09/04/2004 | 21:52
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O ministro argentino da Economia, Roberto Lavagna, reiterou nesta sexta-feira que o governo de Néstor Kirchner dará "o mesmo tratamento" a todos os credores privados na reunião da semana que vem, quando vai negociar a dívida em moratória.

"Todas as reuniões serão idênticas e ninguém será tratado de forma diferente", garantiu o ministro em entrevista à imprensa na cidade balneária de Cariló.

"São lobistas e respondem a seus interesses, mas aqui trataremos todos da mesma forma", respondeu Lavagna, ao ser questionado sobre as declarações de Charles Dallara, presidente do IFI (Instituto de Finanças Internacionais), que representa 330 bancos em mais de 60 países.

O titular do IFI criticou na quinta-feira a aprovação da segunda revisão do acordo do FMI (Fundo Monetário Internacional) com a Argentina, dizendo que o contrato contradiz as regras do organismo porque se baseia em declarações de intenção e não na certeza do pagamento da dívida.

A Argentina tem um total de US$ 81 bilhões de dívida em moratória desde dezembro de 2001.

O FMI aprovou mês passado a segunda revisão em três anos do acordo obtido pela Argentina em setembro de 2003, para reestruturar os vencimentos com os organismos internacionais no valor de US$ 21 bilhões. Entretanto, o organismo pediu ao governo de Kirchner que se apresse para reestruturar de maneira "construtiva" sua dívida pública com os credores privados.

Em setembro passado, a Argentina ofereceu pagar 25% dos bônus em moratória, o que foi recusado pelos credores.




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