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Santo André oferece ajuda para viciados
Lola Nicolás
Do Diário do Grande ABC
10/10/2010 | 07:06
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Os estudantes das redes pública e privada do Grande ABC estão participando do 4º Desafio de Redação do Diário. Desde o mês passado estão eles debruçados sobre o tema Crack, Tô Fora!, passando para o papel o que pensam sobre essa epidemia química que ceifa cada vez mais vidas no País, principalmente jovens. Para dar subsídio à discussão, entrevistamos o prefeito Aidan Ravin, de Santo André, que fez explanação das ações que sua administração tem feito para ajudar na recuperação dos viciados.

Santo André conta com o serviços do Naps-AD (Núcleo de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas). O espaço possui seis leitos (quatro para homens e dois para mulheres) para internações de curta duração (10 dias, em média). Após esse prazo, o paciente é encaminhado para tratamento em regime semi-intensivo, no próprio local.

Nessa etapa, o dependente passa o dia no Naps, sendo submetido a atendimento médico, participa de oficinas terapêuticas e de grupos de acolhida. A entidade oferece também como terapia ocupacional atividades físicas, oficinas de artesanato, bijuteria, ioga e outros cursos. Em relação a 2009, o número de assistidos subiu de 70 para 150, sendo 120 homens, a maioria na faixa etária de 16 a 45 anos, pertencentes às classes C e D.

A Guarda Municipal também faz a sua parte, levando aos estudantes o programa Anjos da Guarda, que consiste em conscientizar os jovens sobre os males das drogas, por meio de teatro de fantoches, esquetes teatrais, slides e palestras. Em três meses, a GCM levou o programa para 200 alunos da rede pública.

Há levantamento de quantas pessoas são dependentes de drogas em Santo André?
AIDAN RAVIN - Só temos informação sobre usuários em tratamento. São 500 usuários de álcool e outras drogas e por volta de 100 familiares desses.

Quantos aguardam tratamento?
AIDAN - Não há fila de espera nem demanda reprimida. Quem procura o serviço, recebe atendimento.

Quantos são reicidentes?
AIDAN - Por volta de 200 pacientes.

Quantos se livraram definitivamente do vício?
AIDAN - Não temos esse estudo.

Quantos morreram durante o tratamento?
AIDAN - Neste ano, até setembro, quatro pacientes foram a óbito.

Dos 200 pacientes tratados por dependência toxicológica, quantos faziam uso de crack?
AIDAN - Em torno de 150, com uso associado de cocaína, maconha e álcool.

Neste processo, há distinção nas estatísticas com usuários de maconha e de crack, por exemplo? O tratamento é igual para todos?
AIDAN - Em tratamento, todos são dependentes de múltiplas drogas. É pouco significativa a quantidade de usuários que fazem uso apenas de maconha. A estratégia de tratamento é igual para todas as dependências.

Como a família ou o próprio usuário faz para conseguir apoio e tratamento da Prefeitura de Santo André?
AIDAN - Todos podem procurar apoio e tratamento espontaneamente ou por meio de encaminhamento dos setores público e privado no Naps-AD. Em situações mais graves, como intoxicação, abstinências e alta fragilidade clínica, é necessário encaminhamento para a emergência psiquiátrica do Centro Hospitalar.




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