Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou sobre a crise. Na capital, a Sulamérica é uma das empresas de saúde sob boicote da rede credenciada. No Grande ABC, a empresa já acertou com a comissão do Movimento dos Médicos do ABC um cronograma para a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.
Entre as reivindicações levadas à Sulamérica por dez hospitais do Grande ABC estão o reajuste dos honorários médicos; pagamento total da fatura; maior agilidade nas autorizações de exames, procedimentos e internações; pagamento por meio de ficha de compensação bancária; prorrogação do cronograma de entrega de faturamento e pagamentos; e equiparação do valor pago por consulta de emergência em pronto-socorro às realizadas nos consultórios.
Se for decidido no encontro desta segunda, a suspensão do atendimento aos usuários da Sulamérica deve ser iniciada nesta quarta-feira, dia 15. É no mesmo dia que acontece a assembléia do Movimento dos Médicos do ABC. Na região, dez empresas de saúde já tiveram o descredenciamento coletivo definido (veja quadro nesta página). Alguns hospitais, como o São Caetano, da cidade de mesmo nome, também aderiram ao boicote aos planos de saúde que se recusam a negociar reajuste nos valores pagos por consulta realizada, bem como a adoção da classificação de procedimentos médicos.
Atualmente, 11 convênios estão com a realização de consulta médica por meio de guia de encaminhamento suspenso. A partir de terça, começam a expirar os novos prazos concedidos pela categoria às empresas para a apresentação de proposta a ser levada à votação em assembléia. Ao término dos prazos - estabelecidos em notificações extrajudiciais - as empresas serão automaticamente descredenciadas.
Desde o início do movimento, em abril, 28 empresas de saúde tiveram suas propostas aprovadas em assembléia e, portanto, estão fora de risco de enfrentar o boicote. Para passar por consulta em médicos da rede credenciada, os associados aos convênios sob boicote precisam pagar R$ 42 pela consulta e pleitear, posteriormente, o reembolso junto à empresa de plano de saúde.
Entretanto, as empresas não são obrigadas a aceitar o pedido de reembolso. Por isso, antes de desembolsar o valor da consulta, os órgãos de defesa do consumidor orientam os usuários a se certificar junto à administração do convênio se a cláusula sobre o serviço de reembolso existe em seu contrato.
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