Prefeito de Diadema atribui limite de índice ao governo Dilma; plano deve ser rejeitado por sindicato
Depois de sinalizar que não concederia reajuste salarial ao funcionalismo público de Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) sustentou ontem que o acréscimo para a classe será em torno de 4%. A proposta, que deve ser apresentada hoje ao Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), frusta expectativa dos funcionários, que reivindicam 11% de aumento nos vencimentos.
O chefe do Executivo diademense disse que o momento econômico do País barra reajuste mais amplo e culpou diretamente a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), pelo impasse. “Estamos finalizando a proposta e discutindo o índice na média de 3,5% a 4%. Houve muita queda na arrecadação devido à crise econômica. Se a Dilma não tivesse subido tanto a conta de luz dava para ter dado reajuste para todo mundo. Se der (para dar reajuste), será isso daí (percentual)”, alegou.
Os números do Sindema incluem 7,89% referentes à reposição inflacionária, com base em índice do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e 3,11% de aumento real. “Estamos esperando a formalização da proposta da Prefeitura até amanhã (hoje) para apresentar na assembleia do dia 9 (quinta-feira) para todo o funcionalismo. Porém, acredito que se a margem não for atingida deve ser rejeitada”, explicou o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno.
A classe solicita também acréscimo de R$ 245,48 para R$ 400 de vale-alimentação.
HISTÓRICO
A discussão em torno do reajuste dos servidores se arrasta desde o dia 26. Na ocasião, a Prefeitura não formalizou proposta para a categoria, justificando problemas de caixa.
O fato gerou descontentamento do funcionalismo, que começou processo de greves de algumas horas em vários equipamentos públicos.
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