O CMN (Conselho Monetário Nacional) criou na quinta-feira incentivo para que os bancos deem descontos aos mutuários que financiaram a casa própria até 5 de setembro de 2001 e não conseguem pagar o saldo devedor.
Com a medida, cerca de 30 mil contratos, no total de R$ 2,6 bilhões, poderão ser beneficiados com renegociações, desde que sejam mutuários do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), não tenham o FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) no contrato e que apresentam desequilíbrio financeiro.
O FCVS foi criado em 1967 pelo extinto BNH (Banco Nacional da Habitação) com o objetivo de garantir a quitação dos saldos remanescentes de financiamentos imobiliários concedidos aos mutuários do SFH.
O chefe do departamento de normas do BC, Sérgio Odilon. disse que, para a instituição, é interessante negociar. "Ao fazer isso, o banco está facilitando a vida do cliente porque a instituição não recebia este dinheiro."
Segundo o gerente do departamento de economia e estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Roberto Akasawa, essa renegociação foi permitida pela Lei 11.922, de abril de 2009.
De acordo com o Banco Central, o valor do novo saldo de financiamento apurado na renegociação desses mutuários será computado com a aplicação do fator de multiplicação existente para os financiamentos de imóveis de até R$ 150 mil.
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