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Sheiks da região encontram líderes religiosos
Com Agências
02/02/2005 | 16:17
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Os sheiks de São Bernardo Ali Abdouni e Jihad Hassan Hammadeh se encontrarão quarta-feira no Líbano com lideranças religiosas do país e do Iraque. Os dois representantes da comunidade muçulmana do Brasil participam das negociações para a libertação do engenheiro João José de Vasconcelos Júnior, brasileiro seqüestrado no Iraque em 19 de janeiro. 

Terça-feira, os sheiks se reuniram com o embaixador Afonso Celso de Ouro Preto, diplomata enviado ao Oriente Médio pelo presidente Lula para atuar no caso, além dos embaixadores brasileiros na Jordânia, Antônio Carlos Coelho da Rocha, no Líbano, Marcos Camacho de Vincenzi ,e da Síria, Eduardo Monteiro.

O sheik Ali Abdouni declarou terça-feira que informações anônimas obtidas pelo governo da Jordânia sinalizam que Vasconcelos está vivo. “Não sabemos quem deu as informações que chegaram às autoridades jordanianas”, disse. “Nenhum resgate foi pedido. Isso confirma que ele está vivo”, disse.

Abdouni afirmou que o posicionamento tomado pelo Brasil em relação à guerra do Iraque cria uma situação positiva no caso de seqüestro. O sheik também lembrou que três países atuam na resolução do caso do engenheiro brasileiro. “Estão entrando conosco nesta questão a Síria, o Líbano e a Jordânia”. O Itamaraty declarou terça-feira que não comentaria as declarações do sheik Ali Abdouni porque trabalha em sigilo no caso de Vasconcelos.

A declaração feita pelo sheik Ali Abdouni de que o brasileiro está vivo é partilhada pela família de Vasconcelos. “Temos fé nisso e é nisso no que confiamos”, disse Carla Vasconcelos, irmã do engenheiro. Isabel, outra irmã de Vasconcelos, telefonou terça-feira para a embaixada brasileira na Jordânia, mas não obteve novidades. A família afirma que não existe nada de oficial sobre o caso.

  

Ameaça – O grupo armado Brigadas dos Mujahedines, o mesmo que diz ter seqüestrado o engenheiro brasileiro, anunciou terça-feira, em comunicado publicado num site árabe, que mantém como refém um soldado americano. Os terroristas ame-açam degolar o refém se os iraquianos detidos nas prisões americanas no Iraque não forem libertados dentro de um prazo de 72 horas. A autenticidade da mensagem e da foto divulgadas ainda não foram comprovadas.

“Nossos heróis do esquadrão dos mujahedines no Iraque conseguiram capturar um militar americano, John Adam, depois de ter matado vários de seus camaradas. Adam será degolado se nossos prisioneiros não forem libertados dentro de um prazo de 72 horas, a partir da publicação do presente comunicado.”

“Esse infiel conhecerá o mesmo destino que o de centenas de seus colegas das tropas de ocupação”, avisou o comunicado divulgado no site http://www. ansarnet.ws/vb, freqüentemente utilizado pelos grupos islâmicos radicais que operam no Iraque.

O texto é acompanhado da foto de um homem negro em uniforme militar, sentado no chão, as mãos amarradas atrás das costas e um fuzil apontado para sua cabeça.

Os Esquadrões dos Mujahedines utilizam um vocabulário parecido com o dos comunicados emitidos pelo grupo do fundamentalista Abu Mussab al-Zarqawi, responsável por muitos seqüestros e assassinatos no Iraque.

O Exército dos Estados Unidos negou que o homem supostamente seqüestrado seja um soldado americano.  Informações divulgadas por sites de agências  de notícias informam que o soldado na foto não passa de um boneco.



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