O tenente da Polícia Militar Luiz Roberto Moraes informou, ontem, que não tem previsão para cumprir a ação de reintegração de posse no terreno público invadido pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), no Jardim Paranavaí, em Mauá. A Prefeitura também não soube dizer quando os desabrigados serão retirados do local.

A liminar de reintegração foi concedida pelo juiz Rodrigo Nogueira da 5ª Vara Cível de Mauá no início de fevereiro. Desde então 250 famílias que começaram a se instalar no acampamento no início de novembro, correm risco iminente de serem retiradas da área. O acampamento está consolidado com barracos de madeira equipados com eletrodomésticos e rede clandestina de energia elétrica.

No último dia 19, manifestantes invadiram a Prefeitura durante um protesto que pretendia reverter a reintegração de posse. Cerca de 100 pessoas com faca, pé-de-cabra, martelo e outros objetos apreendidos pela polícia, destruíram o gabinete do prefeito Oswaldo Dias (PT) e entraram em confronto com a Guarda Civil Municipal. No total, 15 pessoas saíram feridas e 79 manifestantes foram detidos.

Líderes do movimento disseram que não vão resistir à reintegração, porém a estratégia continua a ser de insistir no diálogo para que haja uma solução definitiva aos desabrigados.