Ribeirão Pires vivenciou metade de renovação dos quadros políticos da Câmara, já que nove dos 17 vereadores desta legislatura não estarão presentes no próximo mandato. Nomes que fracassaram nas urnas já especulam o que podem fazer a partir do próximo ano.

Os parlamentares Eduardo Nogueira (SD), Cléo Meira (PTN), Berê do Posto (PMN), Diva do Posto (PR), Hércules Giarola (PMDB), José Maria Adriano (PMDB) e Jorge da Autoescola (DEM) não conseguiram atingir o coeficiente eleitoral necessário para se reelegerem. Nogueira chegou a ser o terceiro mais votado, com 949 adesões, mas, devido à distribuição de cadeiras, ficou como suplente do novamente parlamentar Rubão Fernandes (PSD).

Desses, apenas Hércules disse que não continuará na vida pública. “A única coisa que eu sinto é pelo pessoal do meu gabinete, que ficará sem emprego. O resto eu me viro, volto à minha vida normal. Estou encerrando aqui minha vida política”, afirmou o peemedebista, que foi líder do governo de Saulo Benevides (PMDB) na Casa.

Diva, Berê e Cléo lamentaram o fato de a Câmara ter ficado sem nenhuma representante feminina. “Isso porque a gente está lutando para que a mulher tenha o seu espaço e, numa hora dessas, simplesmente a Câmara perde as três mulheres e fica sem ninguém. Nós perdemos seis mulheres da frente parlamentar feminina e isso é uma pena. Mas vou tentar novamente. Eu me sinto vitoriosa”, disse Diva, referindo-se ao fato de o número de parlamentares femininas no Grande ABC ter caído de dez para quatro na próxima legislatura.

“A mulherada detesta mulher na Câmara porque, se fosse a favor da gente, teria nos deixado aqui. Mas saio de cabeça erguida porque fiz uma campanha limpa”, endossou Berê.

Por outro lado, Cléo também alegou ter sido muito criticada ao longo da campanha e afirmou que isso atrapalhou sua reeleição. “Eu tenho a sensação de dever cumprido, fiz um bom trabalho pela cidade, sigo com minha cabeça erguida. Houve muitas injustiças com notícias que foram publicadas, mas vou tentar de novo em 2020”, comentou.