As unidades americanas que atravessam o deserto iraquiano em direção a Bagdá e avançam a um ritmo mais veloz do que o registrado durante a primeira Guerra do Golfo (1991). Neste domingo, soldados da 3ª Divisão de Infantaria do Exército americano já estariam a 100 quilômetros de Bagdá, entre as cidades de Najaf e Kerbala, segundo um correspondente da Agência France Presse.

No entanto, com a resistência encontrada pelas tropas, o grosso do efetivo americano ainda se encontra mais ao sul, a cerca de 300 quilômetros da capital, segundo o general Stanley McChrystal, diretor adjunto de operações no Estado-Maior americano.

Intensos combates foram travados nessa região durante este domingo. Soldados americanos lutaram com os iraquianos em Basra e Nassirya, que não foram totalmente controladas pelos aliados. Segundo as forças americanas, 12 soldados desapareceram na região e estariam sendo dados como mortos. No entanto, um comunicado iraquiano informa que 25 americanos morreram.

A mesma resistência, porém, pode ser uma das dificuldades das forças aliadas ao chegar a Bagdá. Oficiais americanos esperam encontrar na capital iraquiana a maior resistência, já que a Guarda Republicana – unidade de elite do Exército de Saddam Hussein – estaria ao redor da cidade.

Ofensiva aérea — Ao mesmo tempo em que os soldados travam combates por terra, aviões continuam a bombardear Bagdá. As primeiras explosões foram constatadas por volta das 4h30 (22h30 de sábado em Brasília) e continuaram até 9h (3h em Brasília). Três ou quatro explosões foram ouvidas em diferentes áreas da capital iraquiana, mas pelo menos sete bomba atingiram um único setor no oeste da cidade.

Um correspondente em Bagdá da TV Al Jazeera (Qatar) descreveu o ataque como "rápido e violento". Já um jornalista da agência de notícias Reuters relatou que Bagdá "tremeu" após os ataques ocorridos antes do amanhecer.

Ao mesmo tempo em que sirenes alertavam sobre novos ataques aéreos à capital, os iraquianos se concentravam nas margens do rio Tigre, onde dois pilotos aliados teriam caído ao se ejetarem de uma nave supostamente abatida pelas baterias antiaéreas. O Pentágono não confirma a informação.

Com Agências