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Pressionada, região abre 168 novos leitos

Com hospitais lotados, prefeituras disponibilizaram nos últimos dias 82 vagas em UTI e 86 em enfermaria

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
16/03/2021 | 00:36
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DGABC


Com hospitais lotados e dificuldades em conter a contaminação do novo coronavírus, as prefeituras do Grande ABC concentraram esforços na abertura de 168 novos leitos, tanto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) quanto de enfermaria. No total, a região tem hoje 1.350 leitos para tratamento de pacientes com Covid-19, sendo 666 de UTI e 684 de enfermaria. A expectativa das administrações municipais é que, em breve, sejam abertos outros 175 leitos, 90 de UTI e 85 de enfermaria, para tentar reduzir a fila de pacientes que aguardam uma vaga por meio da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde). Até ontem, havia 141 pessoas esperando por internação.

Ontem, São Bernardo anunciou a abertura de 19 novos leitos de UTI, dez no HC (Hospital de Clínicas) e nove no HU (Hospital de Urgência). Segundo o prefeito Orlando Morando (PSDB), na tarde de domingo, às 17h, não havia mais vagas de internação para pacientes com Covid-19 na cidade. O município vai investir R$ 1,8 milhão por mês para manter os leitos nos equipamentos, mas espera conseguir habilitação junto ao Ministério da Saúde para obter aporte de recursos federais. A cidade tem 510 vagas para Covid-19, sendo 174 de UTI e 336 de enfermaria.

São Caetano também abriu ontem 18 leitos de enfermaria e, no último mês, outros dez de UTI. A cidade tem 98 vagas, sendo 50 para casos mais graves. Quando o hospital de campanha da cidade for reaberto, outros 78 leitos serão disponibilizados. As 30 vagas de UTI desse equipamento serão custeadas pelo governo do Estado e atenderão a toda a região.

Santo André publicou sábado, em Diário Oficial, a contratação de até 15 leitos de UTI no Hospital São José do ABC, por até 180 dias, ao custo de R$ 1.600 ao dia, por cada um. O objetivo é desafogar os equipamentos municipais e atender outras morbidades. A cidade tem 540 leitos exclusivos para Covid-19, sendo 378 de UTI. A Secretaria de Saúde já reabilitou 33 leitos (de um total de 50 que serão reativados) no CHM (Centro Hospitalar Municipal) e aguarda por 25 leitos que serão financiados pelo Estado no AME (Ambulatório Médico de Especialidades), dos quais dez serão de UTI.

Em Diadema, dez novos leitos de UTI e 68 de enfermaria foram destinados aos pacientes de Covid-19, que somados aos 20 de urgência e 93 de enfermaria totalizam 113 leitos para atendimento à doença. A administração entrega, em breve, mais 20 leitos de emergência. Mauá também abriu dez novos leitos de UTI no Hospital Nardini em fevereiro, e deve entregar nos próximos dias 22 leitos, sendo dez de UTI. A cidade também planeja contratar 20 vagas no Hospital Sagrada Família (antigo Hospital Vital), sendo dez de UTI. O município tem total de 48 leitos para Covid.

Em Ribeirão Pires, os 41 leitos do hospital de campanha estão completamente lotados há uma semana, e a Prefeitura, que já fala em lockdown (leia mais na página 4), trabalha pela abertura nos próximos dias de dez leitos de UTI. Rio Grande da Serra não conta com leitos de internação e todos os pacientes dependem da regulação via Cross.

Ontem, a ocupação de leitos de UTI no Grande ABC era a seguinte: 92% em Santo André, 84% em São Bernardo, 87,5% em São Caetano, 96% em Diadema, 100% em Mauá e 100% em Ribeirão Pires. 




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