Setecidades Titulo Influenza A (H1N1)
Gripe: rede de Saúde relaxa procedimentos
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
18/07/2009 | 08:55
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O perfil do vírus influenza A (H1N1) já provoca mudanças na forma de tratamento e acompanhamento por parte das autoridades sanitárias. Bastante semelhante à gripe comum, passa a exigir atenção apenas em casos graves, onde o paciente corre de fato o risco de morte. Os órgãos de Saúde estão preparados até para uma certa incompreensão por parte da população.

Situações de baixa ou média gravidade não devem receber atenção médica intensiva pelo novo protocolo do Ministério Saúde. As medidas já são adotadas no Hospital Mário Covas, referência para o tratamento da doença no Grande ABC. Remédio e exame serão privilégio dos quadros mais complexos.

"Muita gente vai chegar aqui, não receberá medicamento e nem fará o teste. Vai pensar que não foi atendida, mas a verdade é que não se trata de um caso grave", afirma o diretor clínico do Mário Covas, Vanderley da Silva Paula. "É um entendimento técnico. Se começar a dar muito medicamento, há um risco de se transformar esse vírus, que até agora tem baixa letalidade."

A contenção no número de testes realizados parte do princípio da racionalidade. Como muitas pessoas devem contrair o vírus, não haverá capacidade para que todos sejam verificados. Na análise das autoridades, a restrição aos casos mais graves proporcionará a possibilidade de um acompanhamento eficaz.

Pessoas com sintomas de gripe devem procurar os pronto-atendimentos e as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) dos municípios. Só então, dependendo da gravidade, serão direcionadas ao Hospital Mário Covas, onde não há pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com sintomas da doença no momento.

O hospital estadual com 21 leitos de isolamento. Sala de recepção separada e consultório com materiais de proteção compõem o restante da estrutura para atender a casos mais graves. Ontem mesmo, a equipe comandada por Silva Paula recebeu instruções e avaliou o atual estágio da doença.

Orientações - O tratamento para casos de baixa e média gravidade é o mesmo da gripe comum, com uso de antitérmicos e repouso. Lavar sempre as mãos e evitar ir ao trabalho com febre alta fazem parte da receita contra a gripe suína.

O coordenador do Crie (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais) do Mário Covas, Munir Akar Ayub reforça a mensagem de que não é preciso pânico ou sair por aí com máscaras de proteção. Mas faz ressalvas. "Por enquanto é uma gripe tão simples e grave como uma comum. Mas é preciso saber que a gripe mata, especialmente pessoas debilitadas."




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