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Ginástica olímpica: Mesc fica em 2º na Guatemala
Nilton Valentim
Da Redação
20/12/2003 | 19:40
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A nova geração da ginástica olímpica masculina do Brasil pode estar sendo forjada na região. Três garotos do Clube Mesc, de São Bernardo – Kauê Cushiaro Rocha, 12 anos, e Petrix Stevan Barbosa e Sérgio Yoshio, ambos com 11 anos –, despontam nas competições nacionais e começam a ganhar experiência fora do país. Os três, e mais o técnico Fernando Lopes, retornaram da Guatemala, onde foram vice-campeões da Copa Pan-Americana Infantil Interclubes, conseguiram ótimos resultados individuais e receberam convite para disputar os campeonatos nacionais dos Estados Unidos, Cuba e El Salvador.

Os garotos de São Bernardo perderam a primeira colocação por apenas 0,45 ponto para a Universal, equipe dos Estados Unidos que faturou o título. A terceira posição foi para o CEU (Clube Escola Um), do Distrito. "Nos sentimos prejudicados. Na ginástica, existe a tradição. O técnico dos Estados Unidos era cubano, assim como a maior parte dos jurados", afirmou o treinador.

O trio de São Bernardo também fez bonito nas disputas individuais. Petrix foi campeão, Kauê ficou em segundo e Sérgio Yoshio terminou na quinta colocação. "Se os resultados individuais fossem levados em consideração, nós seríamos campeões com 1,5 ponto de vantagem sobre os norte-americanos", disse Lopes. "Não ganhamos a competição, mas valeu pelo reconhecimento. Fomos convidados para disputar os campeonatos nacionais dos EUA (14 de janeiro), de El Salvador (18 de junho) e Cuba (12 de julho)", afirmou o técnico.

O desempenho dos atletas nas competições de que participam faz com que o treinador faça projeções mais do que positivas para o trio. "Aqui está a nova geração da ginástica olímpica brasileira. No Pan de 2007, no Rio de Janeiro, apenas Kauê terá a idade mínima (16 anos) para participar. Mas, se continuar a se desenvolver desta forma, estará na seleção. Quem sabe um desses garotos não vai realizar o sonho de ter um ginasta brasileiro numa Olimpíada?", diz.

Dinheiro– Os três chegam a treinar nove horas por dia em época de campeonatos. Como pagamento, recebem uma bolsa de estudos do Colégio Brasília. Entretanto, com o convite para as competições internacionais, conseguiram na última quinta-feira o dinheiro das passagens aéreas para participar do campeonato dos Estados Unidos. A prefeitura da cidade e o Mesc dividiram o custo, cerca de R$ 10,5 mil.




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