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Múmia ressurge na China
01/08/2008 | 07:02
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Com os olhos do mundo na Ásia, onde começa na semana que vem a Olimpíada de Pequim, nada mais apropriado que o cinemão se voltasse para a China ‘eterna', escolhendo o país que mais se transforma no mundo para cenário de Múmia - Tumba do Imperador Dragão, que estréia nesta sexta-feira em 12 salas da região.

O filme de Rob Cohen é o terceiro da série A Múmia, com Brendan Fraser na pele do dublê de aventureiro e pesquisador Rick O'Connell.

A China surgiu como alternativa natural depois que o ex-diretor e agora produtor Stephen Sommers se convenceu de que o potencial do Egito se esgotara para a trama. Sommers também não queria mais dirigir. Entrou em cena o diretor de Velozes e Furiosos e Triplo X.

Há três anos, entrevistado na estréia de Stealth - Ameaça Invisível, Cohen revelou que seu sonho era realizar uma ficção científica in loco, filmada na Lua ou em Marte.

Em vez disso, o ex-estudante de antropologia viajou para o passado, mas sempre exercitando seu gosto pelas trucagens e pelos efeitos.

As mudanças atingiram a atriz que faz a mulher de Rick. Rachel Weisz, muito importante (ou cara), após o Oscar que recebeu por O Jardineiro Fiel, foi substituída por Maria Bello.

Rick O'Connell não deixa de ser um clone de Indiana Jones e é curioso que, como o filme recente de Steven Spielberg - O Reino da Caveira de Cristal -, Tumba do Imperador Dragão esteja centrado na relação entre pai e filho. O filho de Rick, Alex O'Connell, interpretado por Luke Ford, partiu para a Ásia em busca da tumba do lendário imperador que uniu a China e construiu a Grande Muralha. Ressuscitado por um general, o imperador ressurge como múmia para conquistar o mundo. É a interpretação de Hollywood para a nova China capitalista que os especialistas prevêem que será a grande rival dos EUA no futuro.

História e política à parte, não é difícil desqualificar a nova Múmia, mesmo como espetáculo de ação. O filme é acelerado demais, tem efeitos demais e humor de menos.

Mas existem compensações - as lutas entre Jet Li e Michelle Yeoh ou entre Li e Brendan Fraser são espetaculares e o embate dos exércitos de esqueletos e de pedra é uma homenagem e tanto ao gênio dos efeitos, Ray Harryhausen.

Rob Cohen queria Jet Li no papel do imperador, mas como o ator não tinha muito tempo em sua agenda, o jeito foi transformá-lo, na maioria das cenas, em figura de computador - veja para saber como acontece. Para resumir, o filme é ruim, mas diverte.




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