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Kuroda, do BoJ, quer mais tempo para avaliar efeitos de taxa de juros negativa
15/03/2016 | 06:09
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O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse hoje que é preciso mais tempo para avaliar de perto os efeitos de taxas de juros negativas, sugerindo que não pretende voltar a reduzir juros por enquanto, embora tenha reiterado que está pronto para agir novamente a qualquer momento.

"Eu acho que vai demorar algum tempo" para mensurar como a taxa de depósitos negativa, que entrou em vigor no mês passado, está afetando a economia e a inflação, disse Kuroda, durante coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de manter sua política monetária inalterada.

O comentário vem num momento em que o BC japonês se esforça para conter a reação negativa à adoção da taxa de depósitos negativa, que é imposta a reservas excedentes de bancos comerciais. Durante a coletiva, Kuroda se esforçou para não enfatizar demais a capacidade do BoJ de reduzir ainda mais a taxa, que é atualmente de -0,1%, mas admitiu que novos cortes são uma opção.

"Quando dizemos que vamos tomar medidas por meio de três dimensões, queremos dizer que é possível fazermos isso através de qualidade, quantidade ou taxas de juros", ou todas elas, afirmou Kuroda, referindo-se ao programa de relaxamento quantitativo, que envolve a compra de dívida e outros ativos, e à taxa negativa.

No fim da coletiva, porém, Kuroda, afirmou não acreditar ser necessário esperar que se determine o impacto total da taxa negativa para o BoJ voltar a agir.

Kuroda também comentou que o BoJ prevê atingir sua meta de inflação de 2% "por volta" do 1º semestre do ano fiscal de 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.




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