Setecidades Titulo Santo André
Nextel restabelece sinal de
rádio do Samu após denúncia

Ambulâncias ficaram sem comunicação com a central por
três dias; funcionários recorreram aos celulares particulares

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
12/05/2012 | 07:00
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Após denúncias do Diário, a operadora Nextel restabeleceu o sinal dos rádios das equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Santo André. Os socorristas ficaram sem comunicação direta com a central de regulação por três dias. Com a falha, funcionários recorreram aos celulares particulares para conseguir contato com as bases, o que atrasava o atendimento aos pacientes.

A operadora informou que foi identificada instabilidade de sinal no município e que deslocou equipe técnica para solucionar o problema. A equipe do Diário testou os IDs (números de identificação) de oito bases do Samu e não conseguiu estabelecer contato em apenas uma. Na quinta-feira, cinco centrais estavam com o rádio fora do ar.

Mesmo com o restabelecimento do serviço da Nextel, a comunicação entre os socorristas e as centrais ainda é prejudicada. Segundo servidores, há cerca de dois anos as viaturas estão sem o sistema de rádio aberto, semelhante ao utilizado pela polícia.

A Prefeitura de Santo André informa que, desde a criação do Samu no município, em 2004, havia reclamações de que o rádio apresentava problemas e captava o sinal da Polícia Militar de Guarulhos. A administração diz ter constatado, de fato, o problema apenas em 2009, e que, na ocasião, protocolou reclamações na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O Executivo afirma ter recebido da agência sugestão para utilização de nova faixa de frequência, mas que, desde então, não obteve mais retorno.

A Anatel foi procurada desde quinta-feira, mas não se manifestou.

A portaria 2.048, emitida pelo Ministério da Saúde em 2002, determina que "o atendimento no local é monitorado via rádio pelo médico regulador, que orienta a equipe de intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução do caso. Deve existir rede de comunicação entre a central, as ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes".

Segundo funcionários do serviço, além de a falha retardar a chegada das equipes ao local da ocorrência, o silêncio nas linhas faz com que o deslocamento do paciente ao hospital seja atrasado.

A administração municipal informa que estuda modernizar a comunicação, por meio da implantação de sistema de rádio aberto digital, mas não divulgou prazos.




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