A Justiça Eleitoral, o Ministério Público e a Polícia Federal formarão um grupo de trabalho para traçar, difundir e acompanhar o cumprimento das normas das eleições deste ano, desde presidente da República a governadores estaduais, senadores e deputados. A prioridade será o combate à corrupção eleitoral e o caixa 2 para que o pleito seja o mais limpo possível. Uma das primeiras missões do grupo será mapear os Estados e regiões com problemas desse tipo, nos quais a PF vai concentrar megaoperações anticorrupção.
O plano de atuação da PF foi apresentado nesta quarta-feira pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello. Estão programadas dezenas de operações, mas caberá à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público decidirem da conveniência de cada uma. Bastos e Marco Aurélio, porém, não quiseram dar detalhes do plano anticorrupção eleitoral, mas deixaram claro que querem transformar o pleito num dos mais exemplares da história do país.
“Faremos o que for preciso para que as eleições sejam uma festa cívica em que ganhe quem tiver mais votos, os que forem escolhidos lisamente, com o mínimo de influência do poder público e econômico”, explicou Bastos. “Buscaremos acima de tudo a preservação da igualdade na disputa”, disse Marco Aurélio.
O presidente do TSE explicou que a presença da PF no grupo definirá todo o planejamento do processo eleitoral, significa “a almejada integração, para o trato uniformizado”. Ele explicou que a atuação da PF se dará por provocação apenas do Ministério Público, “não desse ou daquele candidato”.
Uma das fontes de referência para atuação da PF será a prestação de contas que partidos e candidatos terão que apresentar mensalmente ao longo da campanha. O uso de caixa dois implicará desaprovação da prestação de contas do partido ou do candidato, que deverá ter seu registro cancelado.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.