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Fórum de Davos termina com otimismo e fascinado pela China
Da AFP
25/01/2004 | 13:27
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O Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), sem brilho devido aos vários cancelamentos de última hora, terminou neste domingo com otimismo em relação à recuperação da economia mundial e com uma fascinação pela China.

Este ano, o Fórum teve um inédito número de cancelamento de participantes. O mais surpreendente foi o do administrador americano do Iraque, Paul Bremer, que se recusou a comparecer a Davos para falar da reconstrução iraquiana.

Os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e do Peru, Alejandro Toledo, também cancelaram a viagem, deixando para o equatoriano Lucio Gutiérrez a difícil tarefa de representar a América Latina em um fórum que deu pouca atenção ao subcontinente. Nestas condições, o pedido de maior cooperação na luta contra o terrorismo, feito pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, teve menos repercussão do que se esperava, devido à ausência de altos funcionários europeus.

O braço direito do presidente George W. Bush aproveitou a tribuna de Davos para justificar outra vez a guerra no Iraque. "As ameaças diretas precisam de ações decisivas".

Opaco a nível político, Davos voltou a suas origens e deu prioridade aos debates econômicos, achando motivos suficientes para mostrar-se otimista em relação ao futuro. Especialistas como Jacob Frenkel, presidente da Merrill Lynch International, expressou sua satisfação pela recuperação da economia americana, que terá conseqüências positivas para o resto do mundo.

Alguns economistas advertiram, entretanto, para o perigo que “os desequilíbrios extremos" dos Estados Unidos, como o elevado endividamento e as pequenas rendas familiares, ameaçam a recuperação iniciada no último semestre de 2003.

O otimismo geral de Davos também incluiu a América Latina. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, anunciou o fim de um "qüinqüênio de recessão" e a entrada do subcontinente em "um período de bonança" em 2004, com um crescimento de 4% e com Brasil e Argentina assumindo o papel de ‘locomotivas’.

China- A grande vedete do encontro foi a China. Os participantes falaram sem cessar do novo ‘Eldorado’ econômico mundial e das enormes vantagens de se investir no gigante asiático.

"O lucro que se pode conseguir na China é mais elevado do que o que se pode obter no Japão e muito mais acelerado do que pode conseguir na Europa", declarou o presidente do grupo japonês Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn.




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