O candidato à Prefeitura de Diadema pelo PV, Lauro Michels, prometeu ontem durante sabatina no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) subsidiar a integração nos terminais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) do município. Em julho, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu a liminar que mantinha a gratuidade na baldeação.

"Eu pude assistir, durante os oito anos de mandato como vereador na Câmara, a falência da nossa cidade. Nós tínhamos a ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), mas essa empresa faliu e deixou uma dívida de R$ 380 milhões. Com isso, perdemos a integração no terminal de ônibus", discorreu Michels para uma plateia composta por representantes industriais e comerciantes. "Isso vai atingir o comércio e a indústria de vocês, porque a maioria dos trabalhadores vai ter de desembolsar mais R$ 1. Mas no nosso governo, junto com a Secretaria dos Transportes do governo do Estado, iremos subsidiar a integração", completou. Segundo o verde, a iniciativa custará R$ 40 mil mensais aos cofres da Prefeitura.

Michels falou ainda sobre a necessidade de investir em mobilidade urbana. "Precisamos ampliar as entradas e saídas de Diadema. Há dificuldade na logística, já que não temos estrutura viária", afirmou.

Mostrando ter se preparado para enfrentar o questionamento dos empresários, Michels falou, baseado em números e pesquisas, sobre a crise econômica mundial e o momento de estagnação pelo qual Diadema passa. Segundo ele, faltam políticas públicas para geração de emprego, além de mão de obra qualificada. "Precisamos criar parcerias para localizar as demandas do mercado da cidade. Não adianta oferecer qualquer curso profissionalizante. Fico triste em saber que a maioria dos trabalhadores das nossas empresas não é daqui."

O prefeiturável ressaltou também a necessidade de ampliar as formas de incentivo fiscal para que as empresas não deixem o município e lembrou que foi seu tio-avô, o ex-prefeito Lauro Michels, quem começou a industrialização na cidade. "Foi ele quem deu isenção fiscal por dez anos às indústrias que vieram se instalar aqui", afirmou, orgulhoso.