Dois seguranças do Mauá Plaza Shopping são acusados de espancar um estudante de 17 anos na noite de anteontem, na saída da praça de alimentação.
O rapaz contou que sentou-se sobre a calçada em frente ao acesso do local – o que é proibido pelo estabelecimento – para se apoiar e escrever num caderno.
Depois de ser advertido, o adolescente disse que se levantou e continuou conversando com quatro amigos.
Um guarda cobrou explicações supondo que o estudante estava tirando “um sarro” do procedimento de segurança, conforme disse o garoto.
O segurança teria cuspido na cara do jovem, sacado um cassetete e expulsado o estudante do shopping a pontapés.
Enquanto ele tentava se defender dos golpes, um outro funcionário passou a agredi-lo também.
“Só não apanhei mais porque um terceiro guarda tentava impedira agressão enquanto os outros me botavam para fora”, explicou.
Ele sofreu escoriações nos ombros, costas e cabeça. Ontem a tarde, o estudante fez exame de corpo de delito. O caso foi registrado no 1º DP de Mauá.
O pai do garoto, Eli Roberto de Oliveira, cobrará a explicação dos supostos agressores na Justiça. “Fui falar com a administração e com a chefia de segurança do shopping e eles não me deram muito ouvido. Disseram ser contra a violência. Mas é só olhar o corpo de meu filho”, revoltou-se Oliveira. Segundo ele, no momento da agressão, cerca de sete pessoas que passavam pelo local testemunharam a favor do garoto.
De acordo com o gerente geral do Mauá Plaza, Fernando Rodriguez, o shopping aguarda comunicado da polícia, pois o fato não era conhecido até o contato da reportagem.
De acordo com Rodriguez, não há registro da agressão nas câmeras de segurança. Ele contestou ainda o uso de armas pela equipe. “Os meus seguranças não usam cassetetes e seus uniformes são registrados pela Policia Federal”, afirmou Rodriguez.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.