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Colégio Singular sela fusão e também absorção de alunos
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
20/10/2004 | 09:31
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O colégio Singular, com sede em Santo André, sacramentou o processo de fusão com o colégio Primi Passi, de São Bernardo, que possui cerca de 160 alunos no ensino fundamental. O Singular também irá absorver os cerca de 150 alunos do ensino médio do colégio Gradual, de Santo André, e 90 estudantes do Arthur de Queiróz, na mesma cidade.

As negociações, fechadas nos últimos dois meses, reforçam o movimento de redução do número total de escolas no Grande ABC. No mesmo período, o colégio Arbos, com sede em Santo André e São Bernardo, adquiriu o colégio Quarup, de São Caetano, enquanto o Pueri Domus, de Santo André, acertou a aquisição do Atual, também em Santo André.

A onda de aquisições e fusões no mercado de ensino particular, destacada por empresários do setor e pela Aesp-ABC (Associação das Escolas Particulares do Grande ABC), tem ganhado força nos últimos dois anos, e deve crescer ainda mais nos próximos anos.

De acordo com a Aesp-ABC, o número de escolas particulares na região aumentou 116% nos últimos cinco anos, enquanto o total de alunos cresceu de 24% a 25%.

A ampliação das atividades do Singular em 2004 - possui cerca de 3 mil estudantes nos ensinos infantil, fundamental e médio, além de outras áreas de atuação - foi antecedida por dois acordos que resultaram na assimilação de 130 estudantes do colégio Atual, em 2001, e cerca de 70 alunos do colégio São Bernardo, em 2003.

"Existe, sem dúvida, uma tendência de redução do número de escolas particulares no mercado, pois nos últimos anos a quantidade de escolas cresceu muito e o número de alunos não acompanhou esse processo. Tivemos outras propostas de parcerias e fusões na região neste ano, um sinal de que há necessidade de reduzir o número de escolas", afirmou Paolo Cristiano Gambogi, diretor do colégio Singular.

Segundo Gambogi, algumas escolas se expandiram sem contar com a estrutura devida, o que comprometeu a manutenção da qualidade de ensino. "As escolas pensam que vão segurar seus alunos aumentando o número de turmas e migrando para o ensino médio, por exemplo. Mas, ao fazer essa mudança, a estrutura tem de ser diferente", afirmou.

O proprietário da Arbos, Paulo André Cia, acredita, no entanto, que escolas com qualidade de ensino reconhecida e bom conceito no mercado poderão se manter no segmento.

"Estamos sofrendo um ajuste natural desse cenário. As escolas sérias sempre terão seu espaço. A qualidade da escola, de sua proposta, junto com sua imagem no mercado acabam dando sustentação ao seu funcionamento", afirmou.

Parcerias - Ao contrário de outras escolas, o Centro Educacional Jean Piaget, em São Bernardo, está expandindo a adesão ao seu sistema de ensino, que abrange o infantil e o fundamental. Cerca de 12 mil alunos já utilizam o sistema em todo o país, 1,2 mil deles no Grande ABC.

A adoção do sistema pode estar, em parte, sendo impulsionada pela crise que atinge o setor, já que as escolas contam com assessoria de consultores e professores que desenvolveram o sistema, que também oferece cursos de reciclagem para os professores das associadas.

"O nosso sistema de ensino facilita muito o trabalho das escolas. Não é fácil ter todo o tempo profissionais especializados. Isso acaba desonerando a estrutura das escolas participantes", afirmou Valdinéia Cavalari, diretora pedagógica do sistema e do centro educacional.




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