Fundado em 1971, Teatro Municipal de
Santo André está além das expectativas
Há 44 anos, nascia em Santo André um dos mais importantes pontos de difusão cultural da cidade (e também do Grande ABC). Trata-se do Teatro Municipal. Com 468 lugares e devidamente adaptado para receber cadeirantes e obesos, o local tem ‘caso de amor’ com grandes nomes do teatro brasileiro. Entre eles Antonio Fagundes, Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Antônio Abujamra (morto recentemente), entre outros.
O teatro está inserido no complexo onde também se encontra a Prefeitura, a Câmara Municipal, e o Fórum, e é tombado como patrimônio histórico.
Localizado na praça 4º Centenário, o espaço tem entrada difícil de se encontrar, pelo menos para quem vem de outros municípios, pois falta sinalização adequada indicando o caminho a ser feito. Para se chegar a ele, deve-se subir uma rampa a partir do estacionamento do Paço e virar à esquerda. Internamente, a estrutura é boa, com lanchonete diversificada. Ao se encaminhar para a entrada que leva ao teatro em si, vê-se na parede à esquerda obras do renomado artista plástico brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994), que também leva seu nome no espelho d’água, na área externa.
Já no espaço onde a arte ganha vida, as cadeiras são enumeradas e estão em bom estado de conservação. O mesmo vale para banheiros, camarins (que só pecam no quesito conforto, com apenas um pequeno sofá para os artistas descansarem) e a parte esquelética do complexo. “A estrutura dele é tão perfeita que, até hoje, não foi necessário reformá-la. Foram feitas apenas pequenas manutenções, como troca de equipamentos”, afirma ao Diário Ivan Pereira, responsável pelo espaço, além de destacar outra qualidade do local. “Como o teatro foi preparado para receber óperas, a acústica dele é perfeita.”
Mas não é só isso. Nem todos sabem que ele dota de três palcos, sendo que os laterais são revelados e unidos ao central quando ‘cortinas’ de madeira se retraem, o que o torna atraente. “Estamos com a agenda lotada, tanto que não pudemos encaixar a montagem de A Atriz neste mês”, fala Pereira, que detalha: “Doidas e Santas, de Cissa Guimarães, vai ser encenada primeiro aqui, em junho.”
* Esta é a primeira das reportagens especiais, publicadas às segundas-feiras, que vão destacar os pró e contra dos teatros da região
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