Política Titulo Eleições 2012
Sobrinho de Celso
vai com Aidan Ravin

Rafael Daniel vê erros na gestão, mas diz que petebista
tem condições de resgatar projetos elaborados pelo tio

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/10/2012 | 06:53
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Sobrinho do prefeito petista Celso Daniel (morto em 2002) e ex-candidato a vice na chapa de Nilson Bonome (PMDB), Rafael Daniel (PMN) oficializou ontem apoio ao projeto de reeleição de Aidan Ravin (PTB) ao Paço de Santo André. Junto dele, aderem PMN e PSL. Com o anúncio, o ex-braço-direito de Aidan é o único da coligação que ainda não se posicionou.

Ex-assessor de Aidan, cargo em que atuou por quase dois anos, Rafael sustentou que a decisão é do grupo. O ex-candidato a vice reconheceu erros na administração. Contudo, comparou às dificuldades enfrentadas pelo tio no primeiro mandato (1989 a 1992). "Nos primeiros quatro anos do Celso ele cometeu muito equívoco, mas aprendeu muito. Enxergo exatamente assim, pois não é fácil pegar governo de forma complicada como o PT deixou. É preciso encontrar a fonte dos recursos. Tudo isso ele começou e agora vem a época da colheita."

Foram três horas de conversa para bater o martelo. O prefeito, segundo Rafael, possui condições de resgatar os projetos de Celso. "Ele (Aidan) falou: ‘Fiz tudo o que pude'. Não foi por falta de vontade."

O peemenista adiantou que as conversas entre Aidan e Bonome "estão bem adiantadas". "Sem o Nilson eu não estaria aqui." Ele mencionou ser fundamental a presença de Bonome no projeto. "É essencial a presença física com pulso firme para ajudar a conduzir a Prefeitura. Ele (Aidan) sabe muito bem que é extremamente necessária."

Bonome sofre pressão das esferas superiores para definir o apoio pelo PT. "Aqui tem presidente de partido (Bonome), e não chama Michel Temer (mandatário nacional). Acredito que pode ter problema nisso. Assim de repente ele pode não continuar no partido, mudar", citou Aidan.

Rafael acrescentou que o petebista se comprometeu a retomar o Corredor Cultural, desde o Cine Teatro Carlos Gomes até a revitalização do calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, além de fomentar o turismo em Paranapiacaba. A implantação de duas subprefeituras (Segundo Subdistrito e Vila Luzita) e triplicar esforço para finalizar a reforma do estádio Bruno José Daniel também entraram no acordo.

"Esse foi o aperto de mão", disse Rafael, sobre a obra no equipamento que ficou abandonada após a Prefeitura derrubar a marquise, que gerou, inclusive, ação no Ministério Público. "Sem contar a busca de apoios para que o esporte volte a ser referência."

Durante a campanha, Rafael disse que saiu da Prefeitura por não concordar com a maneira de Aidan governar, e faltava-lhe a capacidade administrativa do tio. Ontem, ponderou que talvez nos próximos 50 anos não se tenha prefeito do nível de Celso. "Importante é não deixar o projeto dele morrer. Aidan tem vontade, tem lado família, aberto ao diálogo. Por isso, peço que a população reflita no que aconteceu há dez anos (morte do tio)."

Aidan argumentou que Rafael está na frente antiPT e não é preciso nem explicar as razões. "Ele é sobrinho do Celso." O prefeito exaltou o ingresso do bloco, então dissidente do Paço, confirmando o acordo em "naturalmente incorporar o plano peemedebista". "Não os via em outro lugar, nem como neutros no processo. Ele vem para somar ao projeto e construirmos juntos."

 

 




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