Política Titulo Prorrogação
CPI da Eletropaulo em Mauá chegará a 8 anos sem avanços

Comissão tem objetivo de averiguar qualidade do serviço de distribuição de energia prestado pela empresa

Daniel Tossato
17/11/2018 | 07:24
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Nario Barbosa/DGABC


Prestes a completar seu oitavo ano, a CPI da Eletropaulo da Câmara de Mauá foi prorrogada por mais quatro meses e até o momento não mostrou nenhum resultado. Com o alongamento da data, os trabalhos colecionarão a marca do maior período de uma CPI da história do município, tendo passado por três legislaturas diferentes: 2009-2012, 2013-2016 e 2017-2020.

A CPI foi instaurada em março de 2011, inicialmente para averiguar o fato de que os munícipes não conseguiam resolver questões financeiras no posto da concessionária instalado em Mauá. Os mauaenses tinham que se dirigir até Santo André para solucionar problemas nas contas. A CPI também averiguou a distribuição de energia na cidade e a implantação de postes no município.

Entretanto, apesar de quase uma década de atuação, nada avançou. Nenhum relatório foi produzido nem sequer soluções para os questionamentos iniciais foram apresentados ao público.

Presidente da comissão, o vereador Ivan Stella (Avante) afirmou que no mês que vem vai tentar reunir os colegas para dar andamento à CPI. “Estive adoentado e estou me recuperando de um derrame (Ivan teve um AVC em setembro e precisou ficar internado), por isso não dei continuidade na comissão. Em dezembro tentarei tocar as conversas novamente”, disse.

“Eu nem me lembro quando a CPI foi implementada. Por fazer parte da oposição, me tiraram de todas as comissões da Câmara”, argumentou o vereador Marcelo Oliveira (PT), que foi componente do grupo em legislaturas passadas. “Mas, se não me engano, a CPI está aberta há muito tempo, pois há muita reclamação por parte de moradores de Mauá”, emendou.

Manoel Lopes, do DEM, também não entende a morosidade da CPI na Câmara de Mauá. Para o parlamentar, a comissão já tinha que ter sido encerrada há muito tempo. “Quem toma conta da eletricidade no município nem é mais a Eletropaulo (o Consórcio Mauá Luz está responsável atualmente). Sei que tem as questões dos postes (moradores reclamam da instalação das estruturas, muitas vezes feitas de forma precária), mas essa CPI tinha de ter terminado.”

Cinco meses após a criação da CPI, Ivan aguardou resultado de pesquisa de campo que mapeou quais principais queixas da população e onde essas críticas estavam concentradas. O prazo de vigência do inquérito, inicialmente previsto para 120, à época, foi prorrogado por mais 30 dias para chegada deste documento. Depois, a comissão foi sendo estendida, sem avanços práticos. 




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