A estréia oficial de Tropa de Elite nas telonas suscitou reações radicais, exames de consciência e um reflexo incômodo do que o Estado tem feito por segurança pública e bem-estar social.
Sexta-feira à tarde, o Diário acompanhou as primeiras exibições nas salas de cinema do ABC Plaza Shopping, em Santo André. Jovens estudantes (acima dos 16, a classificação indicativa do filme), casais e um grupo de funcionários, bancado por uma empresa de telefonia móvel, compunham o público.<EM>
Grande parte concordou com o ponto de vista do truculento Capitão Nascimento (Wagner Moura): a polícia precisa reprimir com intensidade o tráfico de drogas, não importa a classe social dos envolvidos. “Vai ter muito riquinho incomodado com essa versão. Mas eu também acho que no fundo quem compra acaba ajudando os bandidos”, diz o administrador de empresas Thiago Clasen da Silva, 26 anos, de Santo André.
Confira depoimentos:
“Achei o filme bastante fiel à realidade. Nem é tão violento perto do que a gente já viu por aí. Concordo com o Nascimento: quem ajuda bandido merece morrer. Eu faria a mesma coisa se estivesse no lugar dele.”
Jussara Ravasio, 23 anos, professora de Educação Física, Ribeirão Pires
“Tínhamos visto o filme em casa e gostamos muito. Foi bom mostrar o lado bonito da polícia, que quer resolver os problemas da população. A polícia tem mesmo de reprimir toda ação criminosa.”
Clayton, 24 anos, e Elaine da Silva, 28, de Santo André
“Nem tudo que está lá é realidade pura, como as pessoas estão pensando. Um ponto negativo do filme é essa coisa de colocar a polícia lá em cima, como se fossem deuses. Não é bem assim e vemos isso sempre.”
Fernando Lucas, 22, estudante, Diadema
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.