A Câmara de São Caetano aprovou ontem, em duas sessões extraordinárias, proposta do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) que aumenta de R$ 125 para R$ 158 o valor pago por jornada de 12 horas aos guardas-civis municipais que trabalharem em dias de folga.

Na expectativa do Palácio da Cerâmica, o impacto financeiro será de R$ 865 mil ao ano, entretanto, a administração se preparou para absorver despesas de até R$ 1 milhão com a atividade. O planejamento do comando da GCM (Guarda Civil Municipal) é de que, pelo menos, 15 guardas-civis por dia aceitem a prática.

O município reproduziu o modelo adotado pela Polícia Militar, chamado de Operação Delegada, que complementa o efetivo da corporação oferecendo bônus financeiro aos policiais que toparem trabalhar durante a folga. Em São Caetano essa prática é classificada de Atividade Diferenciada.

A medida da administração é para suprir carências da corporação como, por exemplo, grandes eventos ou reforço para situações críticas. A falta de guardas-civis nas bases da GCM por 24 horas era uma reclamação popular que deve ser solucionada com a proposta. A cota máxima é de dez plantões por mês, o que representa acréscimo de R$ 1.580 aos contracheques.

O projeto de lei passou com tranqulidade. Houve voto de protesto do vereador Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (Solidariedade), que argumentou que a medida poderia implicar na insalubridade do trabalho, já que os guardas-civis terão de abrir mão de folgas. O encaminhamento desse projeto com o chamamento das sessões extras havia gerado impasse. As comissões de Finanças, chefiada por Beto Vidoski (PSDB), e Justiça e Redação, presidida por Marcel Munhoz (PPS), falavam em travar o parecer para que a proposta de Pinheiro fosse votada na semana seguinte. O impasse, entretanto, não passou de ameaça.