As incertezas estavam espalhadas para todos os lados. Afinal, a fria estatística mostrava que o Santo André poderia despencar à Série C no ano passado. Restavam apenas cinco rodadas para que o time se livrasse do rebaixamento. Na última tentativa, o time conseguiu derrubar o Ceará em pleno Castelão.
Era o começo da escalada.
O acesso ao grupo de elite estadual - já nas mãos de Sérgio Soares e não mais de Fahel Júnior - representaria o segundo salto do novo comando. O topo, antecipadamente assegurado, serviu para fortalecer uma estrutura que ainda se consolida.
Era como se o campeão da Copa do Brasil de 2004 aprendesse que o sucesso e o fracasso estão bem próximos na imprevisível gangorra. O tropeço parecia inevitável, mas valeram as lições. Houve instantes de insegurança no início da Série B do Campeonato Brasileiro. Aos poucos, porém, os atuais donos da bola retomaram o rumo do pódio.
O técnico Sérgio Soares recorreu à simplicidade - uma receita infalível na hora de alcançar a cobiçada vitrine. O clube manteve a base do quase descenso. Vieram não mais do que três ou quatro reforços: o ala Cicinho, o zagueiro Marcel e o atacante Osny. O segredo passou a responder pelo mágico sentimento do amor à camisa.
Que os digam os mais fiéis torcedores que não paravam de entoar o grito de guerra do Ramalhão. Como a Tuda e a Fúria, que nunca deixaram de acreditar. Na chuva ou no sol, todos puderam ver que o sonho se tranformava em algo real nas defesas de Neneca ou nos gols do implacável Márcio Mixirica.
Ou nas redes balançadas pelos chutes certeiros de Jeferson. O canhotinha virou artilheiro e se impôs como discípulo de Marcelinho Carioca. Como se acompanhasse toda uma sintonia, o Santo André subiu em alto estilo.
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