Na assembleia realizada ontem, funcionários decidiram também aprovar estado de greve
Em assembleia realizada ontem pela manhã, trabalhadores da fábrica da GM (General Motors) em Caetano rejeitaram a contraproposta da empresa referente à pauta de reivindicações apresentada pelo sindicato. Os funcionários também decidiram decretar estado de greve, e não descartam paralisação caso a companhia não atenda às reivindicações.
Em termos de reajuste salarial, a montadora apresentou como contraproposta a reposição integral da inflação a ser aplicada aos salários em 1º de fevereiro de 2022, mais 50% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), com aplicação em fevereiro de 2023, vale-alimentação de R$ 350 para empregados com salários até R$ 4.429,00, com implementação em fevereiro, além de abono de R$ 1.000, a ser pago já em outubro.
A rejeição à contraproposta já era prevista, segundo Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do sindicato. “Ainda que se reconheça a existência de dificuldades devido à pandemia, os trabalhadores necessitam ter o seu salário reajustado em conformidade com a inflação acumulada, hoje em 10,42%, mais aumento real, uma vez que o seu poder de compra vem sendo corroído pela alta do custo de vida”.
Em termos econômicos, os trabalhadores reivindicam reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses; aumento real de 5%; piso salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021; vale-alimentação de R$ 1.000 para os trabalhadores inseridos na grade nova e de R$ 500 para os demais; participação nos resultados no valor de R$ 18 mil, com antecipação de R$ 10 mil; e adiantamento da metade do 13º salário de 2022 para fevereiro, entre outros itens.
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