Política Titulo São Bernardo
Grupos se mobilizam contra o esvaziamento do Imasf

Sindicato, conselho e oposição tentam travar ato de Morando para tirar da autarquia plano de saúde

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/06/2021 | 00:01
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André Henriques/ DGABC


Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos) de São Bernardo, conselho eleito do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) e bancada de oposição ao governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) se mobilizam para tentar barrar a tentativa da administração em tirar do instituto o poder de escolha do plano de saúde dos servidores e dependentes, em processo de esvaziamento da autarquia.

Está programada para hoje manifestação da categoria contra o procedimento da gestão tucana. Inicialmente com carreata pela manhã ao redor do Paço. Depois com protesto em frente à Câmara, durante a sessão na casa.

Ao mesmo tempo, a bancada do PT busca espaço para, pelo menos, emplacar requerimento de informações ao governo sobre a alteração no vínculo do plano de saúde. Na semana passada, o bloco petista chegou a protocolar documento cobrando explicações, mas a base governista, maioria absoluta na casa, impediu qualquer avanço.

O Diário mostrou no domingo que o governo Morando abriu licitação para contratar, via Executivo, empresa prestadora de serviço de assistência médica aos servidores e dependentes, principal ativo do Imasf. Conselheiros eleitos – que foram contra a medida – acreditam que esse é passo concreto para extinção ou privatização de um instituto superavitário, o que a administração tucana nega. Até o ano passado, o processo de escolha do plano de saúde era capitaneado pelo Imasf.

Líder da bancada do PT no Legislativo, a vereadora Ana Nice (PT) disse que a legenda segue na luta com servidores, sindicato e conselheiros fiscais e administrativos para encontrar saída para impedir o ato do governo. “Temos de conseguir mecanismo para poder barrar esse processo de entrega da coisa pública que o prefeito faz desde que ele assumiu, em janeiro de 2017. Sem diálogo nenhum com a sociedade, com os interessados, com usuários do Imasf, com os conselheiros, com sindicato, com a Câmara”, criticou. “Estamos estudando medidas cabíveis, como representação na Justiça, contra essa entrega do plano de saúde.”

Ana Nice declarou ainda que pensa em apresentar convocação da atual superintendente do Imasf, Ana Luísa Oliveira Pontes. “Ela também precisa explicar o que querem com essa medida, precisa falar com a Câmara.”  




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