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Preço da gasolina na região ainda não cai com adição de álcool
Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
23/11/2006 | 22:21
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Pela terceira semana consecutiva, a média de preço do litro da gasolina nos postos do Grande ABC ficou estável em R$ 2,380. Isso significa que o aumento da adição de álcool anidro no combustível (de 20% para 23%), que entrou em vigor na última segunda-feira, ainda não pressionou os preços para baixo.

O governo calcula que a maior adição de mais álcool na gasolina vai causar a queda de cerca de 1,5% nos preços do derivado de petróleo. Para o Grande ABC, isso significa combustível R$ 0,035 mais barato.

Mas, como o Diário havia adiantado no começo da semana, isso ainda vai demorar um pouco. Os postos da região têm de acabar com os estoques de combustível antigo para poder repassar os preços novos para o consumidor. Nas médias do Estado e Capital, o preço da gasolina até subiu – respectivamente 2,02% e 2,36%.

De acordo com o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABC), o processo vai demorar de 10 a 15 dias, até todos os estabelecimentos renovarem seus estoques. Isso significa que é possível que nem o levantamento que será divulgado pela ANP na semana que vem terá modificações no preço da gasolina.

Por enquanto, o motorista do Grande ABC tem de se contentar com variações pontuais entre as seis cidades pesquisadas pela ANP (Rio Grande da Serra é excluída do levantamento). São Bernardo, por exemplo, teve queda média de 0,83% no litro da gasolina. Por outro lado, em Diadema o custo do combustível subiu 1,34% na última semana.

Mas isso não muda o fato que Diadema tem a menor média no preço dos combustíveis: R$ 2,348 entre os 24 postos pesquisados. É lá também que está o estabelecimento que vende o combustível mais barato da região: o Centro Automotivo Geneve, que fica na estrada do Rufino comercializa a gasolina a R$ 2,190.

Cana – O álcool hidratado (misturado à água e próprio ao abastecimento direto) voltou a cair na região (-0,34%) e hoje custa em média R$ 1,183 nos postos do Grande ABC. O derivado de cana-de-açúcar volta assim à rota de queda que foi interrompida pela primeira vez em três meses na semana passada, quando teve alta de 0,68%.

Na região, apenas Diadema e Ribeirão Pires apresentaram alta na média do álcool, de 0,95% e 0,34%, respectivamente. Todas as outras cidades tiveram queda, com São Bernardo na frente (-1,79%). Mais o menor preço médio está em Santo André: R$ 1,161.

Gás – O GNV (Gás Natural Veicular) teve uma leve alta na última semana: 0,27%. Hoje o metro cúbico do combustível custa em média R$ 1,120 para os consumidores da região. As fortes quedas em Mauá (-3,09%) e São Bernardo (-2,3%) foram contrabalanceadas pelas altas em São Caetano (2,48%), Diadema (2,09%) e Santo André (1,09%). O menor preço do médio gás está em Mauá (R$ 1,099).



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