O tratado, votado em sessão extraordinária, foi aprovado por 41 votos a 1, e uma abstenção, após sete horas de debate na sede do Congresso, em Valparaíso, 110 quilômetros a Oeste de Santiago. A votação era o último trâmite legislativo que o acordo tinha de enfrentar antes de ser promulgado pelo presidente da República. Há um mês, foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

Com isso, o Chile é o segundo país latino-americano, atrás do México, a assinar um acordo deste tipo com o bloco europeu. Segundo cálculos do Governo, o acordo deve entrar em vigor no próximo dia 1§. A partir dessa data, 85% das exportações chilenas à UE estão isentas de taxas alfandegárias. A União Européia tem cerca de 370 milhões de consumidores e 91% das vendas européias ao Chile.

No quarto ano do acordo, esta vantagem vai atingir 96% da oferta chilena de bens e serviços. O acordo, que foi alcançado em 26 de abril de 2002, está em processo de ratificação nos 15 parlamentos dos países que integram a UE.

Além deste acordo, em 2002 o Chile assinou tratados de livre comércio com os Estados Unidos e com a Coréia do Sul, que também serão aplicados em breve (2003 ou, no máximo, 2004).

Estados Unidos e União Européia são os principais sócios comerciais do Chile, onde 45% das exportações chilenas têm como destino estes mercados.