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Daniel fala sobre transição no futebol

Ex-goleiro e capitão do São Bernardo FC completou primeiro ano como dirigente

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
26/12/2020 | 00:01
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DGABC


Se nos anos em que calçou as luvas ele era o primeiro a entrar em campo e o último a sair, justamente por ser goleiro, Daniel Flumignan viveu, em 2020, uma temporada na qual foi além e trabalhou praticamente 24 horas por dia. Isso porque, após pendurar as chuteiras, recebeu convite para continuar no São Bernardo FC neste novo comando (desde a compra da Magnum) e assumiu a gerência de futebol. “Quando encerrei a carreira, me disseram: ‘Sua principal função é fazer com que o time entre em campo pensando somente em jogar futebol’. Acho que nós, da gestão, conseguimos fazer isso.”

Em ano tão conturbado pela pandemia do novo coronavírus, ainda teve de lidar com aquele que destacou como “momento mais triste da carreira”: a morte do técnico Marcelo Veiga, vítima da Covid-19. Entretanto, todas as situações às quais viveu na temporada fizeram o ex-jogador e capitão do Tigre evoluir na função, preparado para o que está por vir em 2021. “Foi a parte mais triste da minha carreira a perda do Marcelo. Nosso comandante, que idealizou, projetou e sonhou tudo isso com as pessoas que gerem o clube. Foi um baque violento, em véspera de semifinal de Copa Paulista, a gente sem entender, questionando o porque das coisas, mas juntamos forças, entramos em campo por ele, pela família dele, que fez o pedido de que esta seria a maior vontade dele. Infelizmente o resultado não veio e a perda do Marcelo tem um significado enorme. Eu que pensei que as derrotas, as lesões e o desemprego durante a carreira como atleta fossem as piores coisas que pudessem acontecer, aí me deparo com a perda da vida de um companheiro de dia a dia, encontro a verdadeira derrota. Assim passamos a dar valor à vida de forma gigantesca. Espero que onde o Marcelo estiver, que esteja olhando sempre por nós, nos cuidando e guiando da melhor maneira possível, porque estaremos tentando fazer valer o legado que ele nos deixou”, comprometeu-se Daniel.

“Este primeiro ano no processo de gestão foi bastante desafiador. Fizemos restruturação do zero, mas tivemos grande resultado esportivo. Foi o primeiro ano da história do clube que chegamos a duas semifinais de competições distintas (Série A-2 e Copa Paulista). Mas, infelizmente, acesso e título não vieram, por detalhes. Num ano de plantar, conseguimos colher legado de espinha dorsal para 2021, de jogadores que se identificaram com a camisa, de mostrar para todos que conseguimos, mesmo diante das dificuldades, sobreviver e nos sustentar em cenário competitivo, tendo protagonismo nas competições que disputamos”, exaltou. 




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