Política Titulo Detida no caso do INSS
Defesa de Elian entra com habeas corpus

Advogado da vereadora andreense, José Bittencourt alega que não há elementos para preventiva

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/12/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Advogado de defesa da vereadora Elian Santana (SD), de Santo André, o ex-deputado José Bittencourt (PRB) sustentou que o grupo jurídico que está à frente do caso vai entrar com habeas corpus até terça-feira, após a Justiça acatar pedido para reverter a prisão temporária da parlamentar em preventiva – ela é acusada de envolvimento em esquema ilegal de venda de aposentadorias especiais. “Não há elementos para se decretar essa preventiva. Por isso, estamos preparando habeas corpus para enfrentar a decisão do juízo, pedindo a liberdade provisória.”

“Na segunda-feira ou, no máximo, na terça ingressaremos com essa medida (que visa proteção da liberdade) junto ao TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e na própria Justiça de São Bernardo, (dentro) na 3ª Vara Federal, apontando, na contra-argumentação, ilegalidades na questão processual”, emendou Bittencourt, que forma o corpo jurídico com outros cinco advogados, entre eles o jurista Alamiro Velludo Salvador Netto, professor de Direito da USP. Essa é a primeira vez em que a defesa da Elian fala sobre a situação. A vereadora está detida desde o dia 26 de novembro, no âmbito da Operação Barbour.

O ex-deputado antecipou que uma das estratégias que serão utilizadas na ação envolve o teor da decretação da prisão preventiva, assinada pela juíza Ana Lúcia Iucker Meirelles de Oliveira. “De acordo com a própria magistrada, conforme descrito na decisão, já foi amenizado risco de interferência por parte da vereadora na instrução e no recolhimento de provas. Deste modo a preventiva não se justifica, o que pode ser convertido em prisão domiciliar e adoção de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrição de contato entre os investigados”, ponderou Bittencourt.

A investigação do MPF (Ministério Público Federal) indica que Elian integrava organização criminosa que atuava em fraudes no cadastro do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A Justiça requereu também o afastamento formal da parlamentar pelo período de seis meses do mandato na Câmara. A vereadora, segundo informações, se encontra em processo de transferência na custódia da PF (Polícia Federal), onde será encaminhada para o sistema prisional.  




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