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População já sente no bolso a alta da inflação

Alimentos subiram 6,8% neste ano e são os principais vilões

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
05/06/2011 | 07:03
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A queda no poder de compra das famílias do Grande ABC apontado no estudo da Universidade Municipal de São Caetano também é percebida pela população. Os alimentos, que avançaram 6,8% até maio, são os principais vilões do bolso dos consumidores. Para a coordenadora de imóveis Bruna Matos, 25 anos, são justamente estes itens que mais pesam nas contas.

Depois do nascimento do filho, as despesas de Bruna aumentaram bastante. Como o rendimento médio de R$ 3.500 não é mais suficiente ela se viu obrigada a usar o cartão de crédito como capital de giro. "Antes pagava as compras à vista, mas agora preciso deste fôlego."

A coordenadora faz parte das famílias da classe C que sentiram queda nos rendimentos. Somente em seis meses o valor foi de R$ 2.191,53 para R$ 2.036,43. Sua estratégia para minimizar os efeitos da alta nos preços é aproveitar ao máximo as promoções no supermercado.

Mesmo pertencendo a um domicílio de classe A, o microempresário Leonardo de Paula, 28, tem notado que os preços dos alimentos têm subido bastante, principalmente de produtos como a carne, frutas e legumes. "Dependendo do bairro em Santo André a diferença de preço de uma refeição é absurdo", pontua.

 

DINHEIRO EXTRA

Para contornar o orçamento curto no fim do mês o manobrista Renilton Pereira de Oliveira, 23, faz bicos aos fins de semana para conseguir mais dinheiro. Com renda mensal de R$ 600 para manter-se, sendo que quantia de R$ 250 é destinada ao aluguel, o jovem entrega panfletos para manter em dia o pagamento da conta de luz e carnês de lojas. Mesmo no sufoco, o manobrista consegue R$ 40 quando trabalha aos sábados e domingos. Estudo da mostra que os domicílios de classe DE tiveram alta de 5,12% na renda média do ano passado para cá, avançando de R$ 1.155,90 para R$ 1.215,14.




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