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Brasil tem outra noite ruim, mas derrota a frágil Venezuela

Técnico Dunga muda a escalação, mas time
não se impõe e erros na criação reaparecem

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
14/10/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Foi muito mais difícil do que se esperava, mas o Brasil conseguiu se recuperar nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Depois de perder para o Chile por 2 a 0 na estreia, a Seleção venceu a frágil Venezuela por 3 a 1, ontem, no Estádio Castelão, em Fortaleza, mas não satisfez o torcedor, que empurrou a equipe, mas foi para casa desconfiado com outra atuação ruim.

Dunga fez três mudanças no time, com as entradas de Alison, Filipe Luís e Ricardo Oliveira nas vagas de Jefferson, Marcelo e Hulk, respectivamente.

Por 36 segundos o torcedor brasileiro esqueceu o que se passou na estreia e aplaudiu a iniciativa de Luiz Gustavo, que apertou a marcação e fez a bola sobrar para Willian, que encheu o pé e abriu o placar. Era o que a Seleção precisava.

Mas tudo não passou de impressão equivocada. Mesmo com toda sua fragilidade, a Venezuela encurralou o Brasil em seu campo e pressionou em busca do empate, em situação inimaginável alguns anos atrás.

A Seleção encontrava muita dificuldade para impor seu jogo, principalmente porque o setor de criação não conseguia se desvencilhar da marcação. Oscar fazia outro jogo bem abaixo da média, enquanto Elias não comparecia ao campo de ataque como faz no Corinthians.

Faltava confiança ao time de Dunga e um lance deixou isso bem claro. Aos 30, Oscar pôs Douglas Costa em situação clara de gol, mas o atacante tentou a devolução para o meia e desperdiçou grande chance.

Desta forma, a alternativa era jogar pelos lados e foi assim que o Brasil criou bons lances com Filipe Luís. No melhor momento, aos 41, o lateral fez ótima jogada individual e tocou na entrada da área, Oscar deixou passar e Willian acertou o chute para fazer o segundo.

A Seleção voltou apática para o segundo tempo. Oscar, justamente quem deveria dar ritmo ao time, parecia que estava dormindo em campo.

O que se mostrava impossível aconteceu. Depois de ganhar duas jogadas pelo alto, na terceira chance a Venezuela não perdoou. Aos 19, Christian Santos aproveitou desvio e, livre na segunda trave, diminuiu.

A apreensão tomou conta do torcedor, que já esperava pelo pior. A Venezuela até se assanhou, mas tecnicamente não conseguia envolver o Brasil.

Mesmo sem merecer, a Seleção fez o terceiro. Aos 28, Douglas Costa cruzou, a zaga não cortou e Ricardo Oliveira mandou de cabeça para a rede.

O gol foi um banho de água fria nas pretensões da Venezuela e deixou o Brasil satisfeito. Se não foi brilhante, pelo menos a vitória ajudou na reaproximação entre o time e o torcedor.

Willian brilha e comemora aproximação com a torcida

Grande destaque da Seleção pelos dois gols e a movimentação pelos lados do campo, o meia Willian comemorou a vitória e a reaproximação com o torcedor brasileiro.

“Quando a gente vence fica mais fácil o torcedor nos apoiar. Esperamos conseguir fazer mais vezes isso durante as Eliminatórias. Precisamos nos aproximar cada vez mais da torcida”, comentou Willian.

O jogador dividiu o mérito da vitória com o restante da equipe, mas celebrou as duas bolas na rede. “Estou gostando desta fase, marcando gols. Me cobro muito e quero sempre chegar em condições de finalizar”, disse ele, que já projetou o próximo duelo, dia 11, contra a Argentina. “Vai ser uma pedreira, mas temos de estar preparados para fazer um bom jogo”, finalizou.




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