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S. Caetano quer compartilhar estudantes de medicina

Alunos da USCS poderão estagiar em equipamentos
de Saúde de outras cidades da região

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
15/03/2014 | 09:10
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Orlando Filho/DGABC


A Prefeitura de São Caetano se colocou à disposição para ceder alunos do novo curso de Medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) para trabalhar em equipamentos públicos de outras cidades da região.

Ontem, durante apresentação da disciplina aos 60 estudantes aprovados no vestibular de fevereiro, que contou com a participação dos Doutores da Alegria, o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), afirmou que acolherá pedido de municípios do Grande ABC e até de São Paulo. “Essa discussão pode ser feita, sim.”

Em princípio, alunos de Medicina na USCS vão atuar exclusivamente em unidades de Saúde de São Caetano. Já no primeiro ano, serão integrados às equipes do PSF (Programa de Saúde da Família). Posteriormente vão estagiar em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nos hospitais municipais. O convênio entre USCS e Prefeitura deve ser assinado na semana que vem. “O acordo está pronto, apenas restando detalhes jurídicos”, anunciou o reitor da universidade, Marcos Sidnei Bassi.

“O aluno vai conhecer a realidade dentro da casa do paciente. É uma metodologia extremamente interessante. Já no primeiro ano ele estará em contato direto com o paciente e vai progredindo, até a hora que tome meu lugar”, disse o secretário de Saúde, Mário Chekin.

Segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), a região tem 4.000 médicos cadastrados, o que corresponde a 1,6 especialista por 1.000 habitantes – índice inferior ao número nacional, de 1,8 médico a cada 1.000 moradores.

“O Grande ABC tem carência e necessidade de vagas para formação de médicos. As parcerias que a USCS quiser fazer com a Prefeitura de Santo André, com nossos hospitais, com a rede, estamos abertos”, comemorou o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte.

PÓS-GRADUAÇÃO

Pinheiro revelou ainda que administração e USCS discutem oferecer cursos de pós-graduação em Medicina. Há debate sobre quais especialidades integrarão a primeira lista de disciplinas na grade curricular. Não há prazo estipulado.

Segundo Chekin, a prioridade da cidade é ter médicos gerontologistas, especialistas em envelhecimento. “São Caetano é uma cidade com número de idosos bastante acentuado. Poderemos atender melhor a demanda da região.”

Outras especialidades em discussão são oncologia e pediatria. “Temos deficit de 68 médicos, principalmente nessas áreas”, resumiu Chekin.

Município pede instalação de Caps 24 horas no lugar de UPA

O secretário de Saúde de São Caetano, Mário Chekin, pediu ao governo federal que o prédio construído na Rua dos Castores, no bairro Mauá, para acolher uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) seja destinado a um Caps 3 (Centro de Atenção Psicossocial), que funciona 24 horas.

“A região tem maior necessidade em ter Caps do que UPA. Bem ou mal, o Hospital Albert Sabin suprime minha necessidade de urgência e emergência”, justificou.

Além da demanda, Chekin alegou valor menor de custeio para efetivar a solicitação de mudança junto ao Ministério da Saúde. Em seus cálculos, a UPA demandaria R$ 746 mil mensais para ser mantida pela Prefeitura. O Caps tem custeio mensal estimado em R$ 228 mil. “E ainda há recurso da ala de psicologia que ajudaria”, emendou o secretário.

Há ainda a possibilidade de utilização mista do prédio, que fica num terreno de 700 metros quadrados. O prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) sugeriu um equipamento compartilhado, com alas de urgência e emergência e de atenção ao tratamento de álcool e drogas.




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