Este parece ser mesmo o ano de ascensao dos sambistas veteranos dessas duas escolas que figuram entre as mais antigas e queridas do Rio. O reconhecimento da Velha Guarda da Portela veio mais cedo, no começo do ano, com um pacote cultural que incluiu o disco Tudo azul (Phonomotor), produzido por Marisa Monte, uma série de shows com a cantora e o anúncio de um documentário que está sendo feito pelos diretores Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, da Conspiraçao Filmes. A indicaçao do Grammy chega para completar o bom momento da escola.
"Recebemos a notícia na casa da Surica, em Oswaldo Cruz, com muita festa", conta o bamba Monarco. "Este ano parece que as coisas estao dando certo para a gente. O nosso disco já vendeu mais de 40 mil cópias, oh, que coisa boa", completa.
Monarco conta que ainda nao sabe se ele e seus 12 amigos de samba poderao acompanhar de perto a cerimônia de premiaçao nos Estados Unidos. "Mais gostaríamos muito de ir até lá", diz. O sambista e o resto da turma azul-e-branco se animam também com a indicaçao da co-irma mangueirense. "A Velha Guarda da Mangueira, como nós, passou pelo mesmo caminho espinhoso do samba e merece todo o reconhecimento", avalia o sambista.
"Todo esse renascimento, nosso e deles, vem para resgatar os grandes sambas de raiz e nos faz lembrar os bons tempos idos", acrescenta. Mais do que isso, o reconhecimento conquistado por esses veteranos do samba vem devolver a eles o merecido lugar ao sol.
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