O treinador disse ainda que está à disposiçao da CPI, se seu depoimento for contribuir com o futebol. "Estou a disposiçao da CPI nao para ser boi de piranha. Se for para trazer algo de bom para o futebol, contribuo", disse.

Quanto a sua relaçao com a Nike, ele foi claro. "Comigo a Nike só teve prejuízo. Nunca me falaram: Wanderley escale fulano ou ciclano", explicou.

Luxemburgo disse que as acusaçoes que pesam sobre ele sao "infundadas" e que nunca fez nada sozinho. "Sou um homem inteligente. Nunca fiz nada sozinho. Tive uma comissao técnica e agi de acordo com a diretoria", afirmou. "O Dr. Ricardo (Ricardo Teixeira, presidente da CBF) nunca me mandou fazer nada. Decidíamos em conjunto. Trouxe o Edmundo de volta à Seleçao mesmo quando todos diziam que ele nao voltaria."

Quanto à sua saída da Seleçao, Luxemburgo se mostrou magoado. "De repente fui bombardeado com denúncias infundadas e me vi como o homem mais detestado do país. Parecia que o Wanderley era a persona non grata do país. Me taxaram como criminoso."

Ao ser questionado sobre o Romário, Luxemburgo disse que acredita que se o atacante tivesse ido pra Olimpíada, "metade, ou mais do que a metade disso tudo nao teria acontecido". Luxemburgo alegou que foi decidido "em reuniao entre Marco Antônio, Marcos Moura, Candinho, Ricardo Teixeira, que só iriam para os Jogos Olímpicos os atletas com idade inferior a 23 anos."

"Nao levar o Romário para a Olimpíada desencadeou todo esse processo, nao sei por interesse de quem. Dali para frente, uma avalanche de coisas foram acontecendo, coisas tendenciosas que levaram à minha saída. Nao tinha mais clima para o Wanderley na equipe depois de tudo isso", garantiu.