Antes de pedir os 25 dias de licença para descansar um pouco, o presidente Andrés Sanchez começou a amarrar um acordo com Vanderlei Luxemburgo para que o treinador assuma o Corinthians em 2010. O objetivo principal é o de comandar a equipe na Libertadores, justamente no ano do centenário corintiano - a diretoria do clube não trabalha com a hipótese de não se classificar.

É sonho antigo de Sanchez, que já queria Luxemburgo como comandante do time do Corinthians na Série B do Brasileiro do ano passado. Quem o convenceu a apostar em Mano Menezes foi o então diretor técnico, Antonio Carlos, com dois argumentos: Mano Menezes era (e ainda é) mais barato e tinha experiência na Segundona, pelo Grêmio.

Sanchez e Luxemburgo se encontraram há duas semanas em uma festa organizada por um dirigente da FPF (Federação Paulista de Futebol). No evento, o presidente corintiano reiterou o convite, feito em contato anterior, mas que não foi levado muito a sério pelo técnico do Palmeiras.

"Dinheiro não será problema", disse Sanchez, que espera encher o cofre com os 100 anos do clube e a renovação de contrato de Ronaldo.

Mas e Mano Menezes? A relação do presidente com o atual treinador, que fez boa campanha no ano passado, está estremecida desde a saída de Antonio Carlos.

Sanchez tentou de tudo para evitar a demissão do diretor e amigo depois de revelada a presença de Antonio Carlos na boate onde Ronaldo se divertiu em Presidente Prudente. Mas Mano foi categórico: não tinha mais confiança e queria o afastamento de Antonio Carlos. Assim, para evitar desgaste, o dirigente saiu.

Sanchez não tem motivo para demitir o treinador neste momento. Mas se fracassar nas finais do Paulistão e for derrubado na Copa do Brasil, perde força. O problema é que para tirar Luxemburgo agora do Palmeiras, o Corinthians teria de desembolsar mais de R$ 5 milhões. E não tem dinheiro para isso.