Política Titulo Editorial
Risco iminente
Do Diário do Grande ABC
24/05/2019 | 09:10
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A falta de fiscalização por parte das prefeituras de São Bernardo e de Diadema colabora para que pessoas sejam colocadas em risco. Pelo menos 320 famílias moram hoje em área que por muitos anos serviu para depósito de lixo, no bairro do Alvarenga, e que por este motivo permanece contaminada.

O lixão foi desativado há quase 20 anos, em 2000. Na área de 750 mil metros quadrados em que estava instalado, deveria ser implantada espécie de reserva ecológica e ainda usina de geração de energia a partir da incineração de lixo. Tudo isso seria feito após a descontaminação do solo. A previsão era que todas essas melhorias fossem concluídas até 2015.

Na última semana a equipe do Diário foi ao local e constatou que a realidade está anos luz distante da promessa. Moradores contam que há dois anos foram colocados tubos para medir a qualidade do solo e expelir o gás gerado pelos detritos que por mais de 30 anos foram despejados no local.

Entulho, produtos químicos e lixo hospitalar depositados ali em quantidade que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) estima em 2 milhões de toneladas. Volume que hoje está sob camada de terra e vegetação. Mas que, mesmo varrida para debaixo de imenso tapete orgânico, ainda causa preocupação. Pois tem sério risco de contaminar a Represa Billings, que é vizinha do ex-lixão, além das pessoas que ali hoje residem por pura falta de opção.

A Cetesb é clara ao apontar o Poder Executivo de São Bernardo como responsável pelo licenciamento ambiental e também pela fiscalização das ocupações. Trabalho que, claramente, não está sendo feito como deveria, visto que em 2012 cerca de 100 famílias foram retiradas do local e inscritas em programas habitacionais, com a promessa de que para elas seriam viabilizadas vagas em conjuntos habitacionais. Saíram aquelas vieram outras e o poder público, ao que parece, não se deu conta. 




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