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Lula sugere grupo para arbitrar crises
13/11/2007 | 09:38
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a idéia de que a ONU (Organização das Nações Unidas) receba consultoria e ouça “novos atores”. Diante dos obstáculos em conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, Lula propôs ao secretário-geral da entidade, Ban Ki-Moon, a formação de um grupo paralelo para mediar crises internacionais.

Em almoço no Itamaraty, Lula observou, segundo relato de participantes, que os Estados Unidos são “atores” das dificuldades e também “mediadores” para a solução desses conflitos.
ORIENTE MÉDIO - Ao comentar a crise no Oriente Médio entre israelenses e palestinos, ele disse que países como Brasil, África do Sul e Índia podem ajudar na busca de uma solução, pois as três nações têm excelentes relações com Israel e o mundo árabe. Ki-Moon ouviu a proposta de Lula demonstrando atenção e fazendo anotações.

Após o almoço, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, limitou-se a dizer que, para o governo brasileiro, é preciso ter idéias novas e, com isso, são necessários “atores novos”. “Quem não tem interesse direto pode ir com idéias novas” afirmou.

Ainda no almoço, o presidente fez um relato da Cúpula de Países Ibero-Americanos, realizada na semana passada, em Santiago, e mencionou, sem entrar no mérito, o bate-boca do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com o ex-primeiro-ministro da Espanha José Maria Aznar e o rei espanhol, Juan Carlos.

SUDÃO - Amorim informou que o secretário-geral da ONU sugeriu a Lula a participação do Brasil numa eventual missão de paz em Darfur, no noroeste do Sudão, onde os conflitos internos mataram mais de 400 mil e causaram um êxodo de mais de 2 milhões de pessoas. O Palácio do Itamaraty, até agora, tem mantido distância da questão sudanesa.

Ki-Moon fez a sugestão após ter ficado impressionado com o grande número de helicópteros que viu em São Paulo, os quais, segundo ele, poderiam ser usados em missões de paz. “Aí, a gente teve de explicar para ele que os helicópteros são privados, como a maioria das coisas no Brasil”, afirmou o ministro.




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