A exposição Mirabolante Miró começa nesta quarta-feira à noite no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, para convidados. Mas a partir de quinta-feira, e até 6 de fevereiro, fica em cartaz para o público em geral, com entrada franca. A mostra reúne 178 gravuras e 28 pôsteres criados pelo catalão Joan Miró (1893-1983) nas últimas duas décadas de vida. Em exibição no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), instituição que concebeu e realiza a mostra, ela foi vista entre março e agosto passados por cerca de 190 mil pessoas.

As gravuras, litos e xilos, pertencem à galeria Lelong, em Paris (França), que praticamente editou todos os trabalhos do gênero executados por Miró. Cerca de uma centena delas são interpretações do artista para textos poéticos de autores como Jacques Prévert e René Char. Algumas medem até 1,6m x 1,3m; grandes formatos não são tão comuns no caso de gravuras. A curadoria é de Fábio Magalhães e de Jean Frémon, diretor da galeria Lelong.

Magalhães afirma que poucos artistas conseguiram criar um léxico plástico com tanta identidade como Miró – basta bater o olho em uma obra dele para imediatamente reconhecer. O artista catalão se destaca sobretudo pela produção de pinturas e gravuras. Mas ele também fez tapeçarias, foi escultor e ceramista.

Miró nunca se ligou a nenhum movimento artístico, numa época de atuação em que a história da arte foi recheada de ismos (surrealismo, futurismo etc.). Os grafismos, marca registrada de seu trabalho, começaram a ser explorados por ele nos anos 20.

Mirabolante Miró – Exposição. No Instituto Tomie Ohtake – av. Faria Lima, 201 (entrada pela r. Coropés), São Paulo. Tel.: 2245-1900. Abertura: nesta quarta-feira, às 20h, para convidados. Visitação a partir de quinta-feira. De terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada franca. Até 6 de fevereiro.