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Celso Daniel será lembrado em série de protestos
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
17/02/2002 | 18:00
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Nesta segunda-feira completa um mês do seqüestro que resultou no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), encontrado morto com sete tiros dois dias depois na estrada das Cachoeiras, em Juquitiba. Durante toda a semana, uma série de manifestações estão programadas em homenagem a Celso. Os atos também deverão reforçar a cobrança para que as autoridades policiais cheguem a uma solução do crime, encontre os reais motivos de sua morte e prenda os assassinos.

Na quarta-feira, será realizada uma grande manifestação em Santo André. O ato terá início às 18h com uma concentração no Paço Municipal, junto ao Painel da Impunidade, que marca os dias que se passarão do crime sem que o caso fosse solucionado. Logo em seguida, ocorrerá um Ato pela Paz no local. Às 19h, os manifestantes sairão em caminhada até a Praça do Carmo, no Centro, onde será realizada a missa de 30º dia da morte do prefeito. A Orquestra Sinfônica de Santo André e o coral do município participarão da cerimônia.

No mesmo dia, o PT completa 22 anos de existência em uma celebração que será realizada na sede do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Rio de Janeiro. O prefeito João Avamileno participará das comemorações, que terão como ênfase homenagens a Celso e ao prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado em setembro do ano passado, e protestos contra a falta de solução dos dois crimes.

Na quinta-feira, uma outra manifestação deverá ocorrer em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado, como uma forma de pressionar as autoridades para a conclusão do inquérito policial. O prefeito João Avamileno também solicitou uma audiência com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para cobrar mais eficiência na apuração do crime e criticar alguns pontos das investigações que foram realizadas até o momento.

O chefe de gabinete da Prefeitura, Gilberto Carvalho, afirmou que todos os esforços estão concentrados nestas manifestações. “Vamos jogar pesado nas celebrações. Queremos fazer um momento de mobilização. Tudo para que se mantenha viva a busca dos culpados”, disse.

Quanto às críticas à apuração do crime, Carvalho afirmou que a administração não quer entrar em conflito com as polícias. “A postura do Celso sempre foi colaboração. Não queremos confusão e sim achar os bandidos, mas vamos denunciar todas as irregularidades que nos forem comunicadas”, disse, ao se referir às acusações de que alguns funcionários da Prefeitura teriam sido intimidados durante os depoimentos.




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